Uma pessoa morta e uma ferida em tiroteio em Paris; atirador está em fuga
Crime aconteceu em frente ao hospital Henry Dunant, onde atualmente recebe casos de Covid-19
Um homem morreu e uma mulher foi ferida gravemente a tiros no início da tarde desta segunda-feira (12) em frente ao hospital Henry Dunant no 16º arrondissement de Paris, em um suposto acerto de contas perpetrado por um suspeito encapuzado que fugiu em uma motocicleta.
"A promotoria de Paris abriu uma investigação por assassinato e tentativa de assassinato", informou o Ministério Público à AFP.
Vários tiros foram relatados em frente ao hospital.
As duas vítimas foram atendidas pela equipe do hospital. Uma delas morreu, segundo uma fonte policial.
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"Uma pessoa morreu e há uma gravemente ferida", disseram os bombeiros.
A mulher ferida é uma agente de segurança do hospital, segundo uma fonte próxima à investigação.
O hospital geriátrico no qual ocorreu o tiroteio atualmente funciona como um centro de vacinação contra a covid-19.
"A pessoa que morreu foi baleada várias vezes e aparentemente a agente de segurança foi vítima de uma bala perdida", afirmou o prefeito do 16º arrondissement, Francis Szpiner, a jornalistas.
"Não se trata de um ataque terrorista contra um centro de vacinação", acrescentou o prefeito, lembrando que "possivelmente trata-se de um acerto de contas".
"Ouvi um tiro, me virei e vi um homem encapuzado atirar. E então vi um homem caído no chão, vi ele se aproximar e disparar duas vezes contra a cabeça dele", relata o dono de um restaurante próximo.
"O pistoleiro saiu a pé, com muito sangue frio, caminhando como se nada tivesse acontecido, e depois subiu em uma motocicleta", acrescentou a testemunha.
Os arredores do hospital foram isolados e havia uma grande presença de policiais patrulhando as ruas e ambulâncias estacionadas em frente ao hospital, de acordo com repórteres da AFP.
"Há muitas pessoas em estado de choque dentro do hospital", disse um funcionário da Cruz Vermelha.
Atrás da faixa policial, pacientes com consultas médicas faziam fila. O hospital funciona com "trabalhadores reduzidos", acrescentou o funcionário, que só deixava entrar as pessoas que estavam na lista prioritária, enquanto os outros terão que voltar na terça ou quarta-feira.
"Ouvi seis tiros por volta das 13h30, no meu horário de almoço. Saí imediatamente e vi um jovem negro caído no chão, de bruços, em frente ao hospital. Ele devia ter entre 20 e 30 anos e já estava morto", contou à AFP a vigilante de um prédio próximo, que pediu anonimato.
"As pessoas gritavam 'rápido, chamem a ambulância' porque havia uma segurança que estava ferida. Não tive tempo de ver ninguém fugir, quando saí já era tarde demais", acrescentou a mulher.