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SAÚDE

Uma taça de vinho sem culpa? Novo estudo derruba antiga recomendação; entenda

Consumo leve e moderado não foi significativamente associado ao risco de mortalidade por todas as causas, enquanto que doses mais elevadas sim

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Uma taça de vinho no jantar ou um copo de cerveja depois do trabalho. Muito se fala sobre os possíveis benefícios para a saúde de pequenas doses de álcool ingeridas diariamente. No entanto, um novo estudo, feito por pesquisadores do Canadá e Reino Unido, publicado na revista científica JAMA Network Open, aponta que o consumo modesto de álcool não traz nenhum benefício à saúde.

Para o trabalho, os cientistas revisaram mais de 100 estudos que analisaram risco de mortalidade e álcool — somados, envolviam quase 5 milhões de pessoas. Eles concluíram que, como o esperado, beber demais (mais de três drinques por dia, em média) foi associado a um risco visivelmente maior de morte precoce. Mas no modelo ajustado da equipe, não houve efeito estatisticamente significativo na mortalidade ligada ao consumo leve ou moderado.

"Esta meta-análise atualizada não encontrou risco significativamente reduzido de mortalidade por todas as causas associada ao consumo de álcool em baixo volume após o ajuste para possíveis efeitos de confusão de características influentes do estudo", escreveram os autores da revisão.

Os pesquisadores apontam que para as mulheres o risco de morrer começa com níveis mais baixos de consumo de álcool em comparação com os homens.
 

Um estudo conduzido por pesquisadores americanos e publicado ano passado na revista científica JAMA Network Open constatou um risco aumentado de doenças cardiovasculares para todos os níveis de consumo de álcool, por exemplo.

Outro estudo — feito por americanos e britânicos e publicado na Nature Communications — encontrou uma conexão entre o consumo moderado de álcool e o encolhimento do volume do cérebro.

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