Unesco aponta aumento das agressões a jornalistas durante manifestações no mundo
As agressões a jornalistas durante manifestações registraram um aumento considerável nos últimos anos
As agressões a jornalistas durante manifestações registraram um aumento considerável nos últimos anos, especialmente por parte das forças de segurança, destaca a Unesco.
"Ao longo dos últimos cinco anos aconteceu uma tendência mais ampla do uso ilegal da força por parte da polícia e das forças de segurança no mundo", afirma um relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Em 2015, a agência da ONU registrou 15 manifestações nas quais os jornalistas foram impedidos de exercer a profissão, mas o número subiu para 32 em 2019. Em 2020, o balanço certamente será maior, pois entre janeiro e junho "21 manifestações foram marcadas por afrontas à liberdade de imprensa, incluindo atos que que terminaram com jornalistas agredidos, detidos e até mortos".
Leia também
• Belarus cassa credenciais, expulsa jornalistas estrangeiros e prende opositores
• Danilo Cabral aciona STF contra Bolsonaro por ameaça a jornalista
• Maia defende liberdade de expressão e o direito de jornalistas perguntarem
Para a Unesco, os dados sugerem que "um novo teto foi ultrapassado, que revela a ameaça importante e crescente para a liberdade de imprensa e a liberdade de acesso à informação em todas as regiões do mundo". Dez jornalistas morreram durante as coberturas de manifestações entre 2015 e 2019.
"Pedimos à comunidade internacional e a todas as autoridades competentes que cuidem para que os direitos fundamentais sejam respeitados", declarou a diretora geral da Unesco, Audrey Azoulay.
A Unesco, recordou, trabalha há vários anos com jornalistas e forças de segurança para garantir que os meios de comunicação consigam fazer o seu trabalho de forma segura e "estes números mostram que são necessários esforços mais importantes".