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Grupo de mulheres e estudantes da UPE presenteiam menina que sofreu estupro e médico do Cisam

A menina, que precisou realizar um aborto no último domingo (16), está bem e segue sendo acompanhada pela equipe médica do Cisam

Fachada do CisamFachada do Cisam - Foto: Leo Malafaia/ Folha de Pernambuco

A menina de 10 anos que passou por um procedimento de interrupção de gravidez no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros da Universidade de Pernambuco (Cisam-UPE), no Recife, no último domingo, após ter sido violentada pelo tio, está bem e segue sendo acompanhada pela equipe médica do Cisam. De acordo com o médico obstetra e diretor da unidade, Olímpio Moraes, os detalhes sobre a saída e o translado da menina para o Espírito Santo não serão divulgados para preservar a sua segurança e não causar tumulto na unidade. 

"Ela, depois de muito tempo, voltou a sorrir. E isso é muito bom. Ela está bem e nós vamos tomar todos os cuidados com o translado dela para evitar cenas tristes como aconteceu aqui", explicou Olímpio.

Na manhã desta terça-feira (18), um grupo da União Brasileira de Mulheres (UBM) e estudantes da UPE entregaram presentes para a criança e uma carta ao diretor da unidade de saúde em um "ato de solidariedade". Os presentes foram entregues à assistente social responsável pela menina, que também recebeu lembranças de outras pessoas que passaram pelo Cisam. Na frente da unidade de saúde também foram fixados balões coloridos pela UBM. 

"A gente quis apagar um pouquinho daquela imagem de uma pequena parte da população aqui do Recife (em referência ao tumulto causado por grupos religiosos que eram contra o procedimento). A gente trouxe um presente para entregar a criança e a família dela. Não vamos chegar até ela, vamos entregar a uma equipe do hospital, para ter esse cuidado. Não queremos de forma alguma expor a menina, mas dizer a ela que siga a sua infância, que ela possa ser feliz", disse Laleska dos Santos, da União e estudante da UPE.

Para Olímpio Moraes, o apoio que ele tem recebido é muito maior do que as críticas. "As críticas são de grupos qu não me atingem. O apoio é que me atinge emocionalmente", ressaltou.

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