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Vacina de Oxford

União Europeia aprova vacina de Oxford contra Covid-19 para todos os adultos

O imunizante é o principal do programa de vacinação

Vacina AstraZeneca, da Universidade de Oxford, contra a Covid-19Vacina AstraZeneca, da Universidade de Oxford, contra a Covid-19 - Foto: Oli Scarff/AFP

A União Europeia aprovou, nesta sexta-feira (29), o uso para todos os com mais de 18 anos da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. O imunizante é o principal do programa de vacinação do governo federal brasileiro.

Segundo a EMA (Agência Europeia de Medicamentos), o produto é seguro e eficaz o sufiente para ser usado. Havia dúvidas sobre se a UE recomendaria seu uso para maiores de 65 anos, já que os ensaios foram feitos com um número pequeno de idosos -apenas 8% dos voluntários tinham entre 56 e 69 anos, e apenas de 3% a 4% superavam 70 anos.

Na quinta, a agência de saúde alemã recomendou que ela fosse aplicada apenas a quem tem de 18 a 64 anos, mas o Ministério da Saúde do país afirmou que esperaria a decisão da EMA.



Além de no Brasil, a vacina Oxford/AstraZeneca é usada no Reino Unido e em outros dez países, sem restrições de faixa etária. Ao recomendar o uso emergencial do imunizante no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também ressalvou os poucos dados sobre sua eficácia em idosos, e recomendou monitoramento de novos dados junto às empresas e o acompanhamento da população vacinada.

As mesmas avaliação e recomendação foram feitas para a vacina Coronavac, produzida pela empresa chinesa Sinovac, aplicada no estado de São Paulo e uma das opções futuras para o programa federal.

De acordo com a AstraZeneca, os ensaios inicialmente publicados têm um número menor de idosos porque a Universidade de Oxford queria antes "acumular muitos dados de segurança no grupo de 18 a 55 anos". O efeito do imunizante nas faixas etárias mais altas continua sendo avaliado no Reino Unido, onde a vacina já é aplicada a partir dos 75 anos.

A empresa afirma ainda que seus estudos mostram 100% de proteção contra doenças graves e hospitalização e "uma produção muito forte de anticorpos contra o vírus em idosos, semelhante ao que vemos em pessoas mais jovens".

A AstraZeneca está no centro de uma batalha jurídica com a União Europeia, depois de anunciar no dia 22 que faria um corte de mais da metade no fornecimento prometido para o primeiro trimestre e de 50% no segundo trimestre, por gargalos na produção.

A Comissão Europeia assinou um contrato em agosto para garantir 300 milhões de doses da vacina do vetor viral, com opção de compra de 100 milhões adicionais, e esperava que o imunizante da AstraZeneca ajudasse a deslanchar as imunizações no bloco, porque sua logística é muito mais simples que a das vacinas da Pfizer e da Moderna.

Enquanto essas duas últimas precisam ser mantidas ultracongeladas e só resistem cinco dias em geladeira comum, as da AstraZeneca podem ser armazenadas e transportadas sob refrigeração normal, de 2º a 8º Celsius. Além disso, é um imunizante mais barato que os outros dois, que usam uma tecnologia inédita e mais sofisticada.

A UE agora tenta pressionar a fabricante a cumprir o fornecimento prometido e alterou suas regras para impedir que as ampolas produzidas no bloco sejam exportadas sem autorização.

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