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União Europeia destrava acordo para liberar R$ 267 bilhões para a Ucrânia

Veto da Hungria vinha impedindo a unanimidade necessária para aprovar o pacote

Bandeira da União EuropeiaBandeira da União Europeia - Foto: Dušan Cvetanović/Pexels

Líderes dos países da União Europeia chegaram a um acordo para liberar um novo pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 50 bilhões de euros (267 bilhões de reais), que tinha sido bloqueado pela Hungria, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

"Isto garante um financiamento firme, previsível e de longo prazo para a Ucrânia. A UE está a assumir a liderança e a responsabilidade no apoio à Ucrânia; sabemos o que está em jogo", escreveu Michel na rede social X.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, era o responsável por impedir a unanimidade necessária para aprovar o pacote, proposto durante uma reunião em dezembro, uma atitude que irritou vários chefes de Estado e de Governo.

O veto rendeu acusações de que Orbán estaria usando o bloqueio do pacote para obter, em troca, a liberação dos fundos europeus que já deveriam ter sido enviados ao seu país e que a UE bloqueou por dúvidas sobre o Estado de Direito no país.

Pouco antes do encontro de cúpula de dezembro, a UE desbloqueou 10 bilhões de euros para a Hungria e Orban deixou a sala de reunião para permitir que a UE decida iniciasse as negociações formais com a Ucrânia para a adesão do país ao bloco. Porém, isto não foi suficiente para que o chefe de Governo húngaro apoiasse o pacote de ajuda a Kiev.

Desde o fracasso da reunião de dezembro em Bruxelas, os negociadores da UE buscavam uma fórmula que permita superar o primeiro-ministro húngaro. Fontes do governo húngaras informaram a UE que Orbán estaria disposto a apoiar o pacote de ajuda se, em troca, fosse reconhecido que terá o poder aplicar o veto a cada ano.

Antes do início formal da reunião, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se reuniram com Orbán, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.

A UE ainda mantém bloqueados outros 20 bilhões de euros que seriam destinadas à Hungria. A cúpula "não é apenas sobre a Ucrânia, mas basicamente Orban aproveita a oportunidade para chantagear as instituições europeias", disse um diplomata.

A reunião, no entanto, começa virtualmente cercada por uma enorme manifestação de agricultores belgas, que bloquearam durante a madrugada as principais avenidas de Bruxelas com quase mil tratores e máquinas agrícolas.

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