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América do Sul

Uruguai registra primeiros casos de gripe aviária e decreta emergência sanitária

Cinco cisnes negros foram encontrados mortos pela doença no sudeste do país

AvesAves - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O vizinho Uruguai confirmou o registro dos primeiros casos de gripe aviária do país. Segundo informações do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca foram detectados cinco casos em cisnes negros, que foram encontrados mortos em Laguna Garzón, no sudeste do país. Por conta disso, o ministério decidiu declarar emergência sanitária no país.

As aves foram encontradas mortas por um guarda florestal do Sistema Nacional de Áreas Protegidas. Foi determinada uma área de cinco quilômetros ao redor de onde as aves foram encontradas para ser feita uma varredura pelo Ministério da Pecuária e o Ministério do Meio Ambiente uruguaios.

"Isso já era esperado após os casos de gripe aviária na América do Norte", declarou à imprensa uruguaia o ministro da Pecuária e Agricultura, Fernando Mattos.

O Uruguai soma-se a países como Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Chile e Paraguai, que já informaram casos da doença.

O ministério uruguaio determinou cuidados extremos de biossegurança nas fazendas. Entre as medidas recomendadas estão a restrição à entrada de pessoas e veículos nos estabelecimentos; limpeza e desinfeção rigorosa dos materiais de trabalho, além das instalações e veículos. Também recomendou a instalação de telas anti-pássaros nas laterais e portões dos galpões.

A gripe aviária causa a morte das aves e gerou prejuízos bilionários a exportadores. Um surto de gripe aviária nos Estados Unidos, Europa e Japão provocou uma situação inusitada no segmento de avicultura: uma crise global de escassez de ovos. Em alguns países como o Japão, o preço dos ovos chegou a subir 100%. Na Inglaterra, supermercados limitaram a compra do produto a uma dúzia por cliente.

No Brasil, maior exportador de aves do mundo, por enquanto, não há casos registrados da doença. Em janeiro, o presidente de Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, disse ao GLOBO que o país estava preparado para enfrentar a doença. Entre as medidas preventivas para evitar um surto local foram proibidas as visitas a unidades produtoras de carne e granjas.

Santin disse que tanto o governo quanto os produtores estão prontos para fazer barreiras sanitárias caso sejam detectados focos da doença. O Brasil é uma alternativa dos países afetados pela doença para suprir a falta de ovos e aves. Por isso, a ABPA projeta alta das exportações em 2023 com preços mais atraentes no mercado internacional.

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