Uso correto da máscara ainda não é unanimidade no Centro do Recife
Nesta quarta-feira (19), era possível observar muitas pessoas utilizando a máscara de forma errada
Mesmo com mais de sete mil mortos por Covid-19 em Pernambuco, e mais de 110 mil em todo o Brasil, os protocolos de higiene ainda não são seguidos à risca no Centro do Recife. Apesar da maioria das pessoas utilizando a máscara, não foi difícil observar, nesta quarta-feira (19), pessoas com a máscara pendurada na orelha, cobrindo apenas a boca, ou apenas o queixo. As pessoas sem máscara também não são raras, entre clientes e até vendedores ambulantes, e marcam presença circulando nas ruas de fluxo intenso, onde o distanciamento social, uma das normas mais importantes para a tentativa de controlar a pandemia, parece um objetivo distante de ser atingido.
Atuando como comerciante no Centro há 40 anos, Luiz Mário da Silva, que trabalha em uma loja de tecidos, relata que já cansou de ver pessoas sem máscaras passando em frente à loja. "Muita gente mesmo, muita gente leva a pandemia na brincadeira, acham que não é sério. Mas quando elas tentam entrar na loja eu não deixo, não entra ninguém sem máscara e sem limpar as mãos com álcool. O negócio é sério, é obrigação usar", afirma.
Leia também
• Pernambuco registra 1.429 novos casos e 28 mortes nas últimas 24h
• Navio retido em Suape aguarda liberação após teste descartar morte de tripulante por Covid
• Ausência de máscara por parte dos pernambucanos freia reabertura de setores
Se há quem não use máscara, não é por falta de quem venda. Silvana Batista é uma das pessoas que atuam no comércio ambulante. Ela começou a atuar no Centro da Cidade após o início da pandemia, quando a retomada do comércio de rua foi autorizada. "Vejo muita gente respeitando (o uso de máscara), mas ainda tem quem não use. Se passa alguém sem, eu já vou alertando "olha a máscara", aí eu já vendo meu produto e cuido do outro", diz Silvana.