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SAÚDE

Uso de probióticos encurta a duração da febre em crianças, mostra novo estudo

A presença de microrganismos conseguiu influenciar a ação do sistema imunológico

Probióticos conseguem influenciar na duração da febre Probióticos conseguem influenciar na duração da febre  - Foto: Freepik

Pesquisadores descobriram que probióticos (microrganismos vivos como bactérias, leveduras ou fungos benéficos) conseguem encurtar a duração da febre em crianças, como mostram evidências publicadas na revista científica JAMA Network Open. O estudo se baseou em respostas imunológicas a infecções do trato respiratório superior infantis.

Foi observado que as crianças que receberam uma mistura probiótica contendo Bifidobacterium breve M-16V, Bifidobacterium lactis HN019 e Lactobacillus rhamnosus HN001 apresentaram uma redução mediana da febre de dois dias comparadas às que não receberam.

 

Pesquisas mostram o quão comuns são as infecções do trato respiratório em crianças, e um dos sintomas mais recorrentes é a febre. Na maior parte dos casos, o paracetamol é usado. Mas, como indicam os pesquisadores, ele consegue reduzir temporariamente a temperatura corporal, mas não reduz a duração da febre.

O experimento contou com crianças de envolvendo crianças de 28 dias a 4 anos com febre média de 38,5°C, em Milão, na Itália. Do total, 37 delas receberam a mistura probiótica por 14 dias e 50 receberam um placebo. Assim, os cientistas perceberam que os probióticos conseguem influenciar o sistema imunológico e encurtar a duração da febre.

Constipação e dor abdominal foram pouco frequentes e semelhantes entre ambos os grupos. Além disso, nenhum efeito significativo foi observado nas taxas de prescrição de antibióticos ou na incidência de diarreia associada a antibióticos. O que significa que os probióticos são um método consideravelmente seguro.

Por isso, os pesquisadores observaram que, embora pesquisas conduzidas anteriormente sobre probióticos tenham se concentrado principalmente na prevenção e não no tratamento, o novo estudo fornece evidências que apoiam seu potencial papel terapêutico como tratamento adjuvante para URTIs pediátricas.

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