Logo Folha de Pernambuco

Coronavírus

Vacina contra Covid não representa riscos de problemas cardíacos, diz Anvisa

Desde 2021 circula uma nota da reguladora alertando sobre ocorrências de miocardite e pericardite associadas às vacinas da Pfizer, no entanto, os casos se resolveram sozinhos e estudos comprovam que os benefícios ultrapassam os riscos

Vacina contra Covid-19Vacina contra Covid-19 - Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Os riscos de miocardite e pericardite, tipos de inflamação no coração, após a vacinação contra a Covid-19 são baixos e os casos são raros, esclarece a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em nota nesta terça-feira (28). Desde o início da vacinação, circula uma nota de 2021 da reguladora alertando sobre ocorrências das inflamações associadas às vacinas da Pfizer, no entanto, os casos se resolveram sozinhos e os estudos comprovaram que os benefícios ultrapassam os riscos.

A relação de miocardite e pericardite com o imunizante foi atualizada em novo relatório da Anvisa com o Ministério da Saúde. Os órgãos afirmam que “têm monitorado e investigado a ocorrência de eventos supostamente atribuíveis à vacinação” desde a aprovação da vacina de Covid da Pfizer no Brasil.

“A Anvisa destaca que as notificações recebidas pelo sistema VigiMed ou pelo Ministério da Saúde, por meio do e-SUS Notifica, constituem, inicialmente, eventos temporalmente associados à vacinação e que podem ou não ter relação de causa e efeito com a vacina”, esclarece.

Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), até 31 de dezembro de 2022 foram aplicadas mais de 500 milhões doses de vacinas contra a Covid no país. Durante o período foram notificados 154 casos de miocardite após imunizações, uma incidência de 0,031 a cada 100 mil doses. Os efeitos adversos das doses bivalentes são os mesmos doses anteriores, elas não têm efeitos adicionais.

A reguladora afirma, também, não haver nenhuma morte por miocardite ou pericardite associada a vacinas no Brasil.

Os órgãos reforçam os benefícios e a proteção das vacinas contra Covid-19, “uma vez que a taxa de miocardite associada à própria doença é de 30 casos por milhão para a população em geral”.

Investigação
A Anvisa e a Saúde monitoram desde 2021 a ocorrência de eventos supostamente atribuíveis à vacinação, anteriormente conhecidos como eventos adversos pós-vacinação (EAPV). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses eventos abrangem:

“Qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação, não possuindo necessariamente uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou achado laboratorial anormal.”

Segundo a Anvisa, a princípio, quando o caso é notificado não há uma relação causal entre o evento e a vacina aplicada. “Quando eventos como miocardite e pericardite ocorrem após a vacinação, há necessidade de uma investigação clínica. O objetivo principal dessa investigação é confirmar ou descartar o diagnóstico, e posteriormente analisar a relação”, explica.

Essas doenças ocorrem em decorrência de infecções virais ou bacterianas, doenças autoimunes, toxicidade a medicamentos e outros fatores.

A investigação considera informações relevantes, como idade, sexo, histórico médico do paciente, uso simultâneo de medicamentos, data do evento, sintomas apresentados, e resultados de exames.

Também são monitorados relatórios periódicos de avaliação benefício-risco, revistas científicas e decisões de autoridades reguladoras estrangeiras.

Veja também

Governo processa 17 planos de saúde por cancelamentos unilaterais
Planos de saúde

Governo processa 17 planos de saúde por cancelamentos unilaterais

Município de Paulista realiza, neste sábado (23), dia D de vacinação antirrábica
Folha Pet

Município de Paulista realiza, neste sábado (23), dia D de vacinação antirrábica

Newsletter