Vacina da gripe na rede privada: quem deve tomar, quanto custa e quais as contraindicações
Aumento da circulação de vírus respiratórios alerta para antecipação da vacinação contra o vírus influenza
O aumento da circulação de vírus respiratórios no país levou o Ministério da Saúde a antecipar a campanha de vacinação contra a gripe. A imunização geralmente tem início em maio, já que o outono-inverno é a época de maior infecção. Entretanto, a pasta decidiu adiantar a vacinação para o dia 25 de março.
Dados do boletim InfoGripe da Fiocruz e de um levantamente realizado pelo Globo, apontam para aumento de casos de internações por infecções causadas por vírus respiratórios, incluindo o Sars-CoV-2, o influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR).
Na rede pública, a vacina está disponível apenas para grupos considerados prioritários por terem maior risco de contrair a infecção e evoluir para um quadro grave. Para todos os demais cidadãos, o imunizante já está disponível na rede privada.
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Qual o valor da vacina da gripe?
Na rede privada, a vacina pode ser encontradas por valores entre R$ 69,90 e R$ 89,90.
Onde a vacina da gripe está disponível?
A vacina contra gripe pode ser encontrada em laboratórios, clínicas de vacinação e farmácias.
Quem deve tomar a vacina da gripe?
A vacina contra gripe é indicada para toda a população, a partir de 6 meses de vida e sem limite máximo de idade. Para crianças na primeira vacinação, recomendam-se duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas. Para todos os demais, a vacinação é anual, com apenas uma dose.
A vacina da rede privada é igual a do SUS?
Não. O imunizante da rede privada é quadrivalente e protege contra quatro subtipos do vírus Influenza, dois subtipos de Influenza A (H3N2 e H1N1) e dois tipos de Influenza B. A vacina disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI) é trivalente, protegendo contra duas cepas do vírus Influenza A e uma do B.
Na rede privada também está disponível uma vacina de alta dose indicada para idosos.
Por que é importante se vacinar contra a gripe todo ano?
A proteção conferida pela vacina diminui progressivamente nos meses após a imunização. Além disso, os tipos de vírus passam por mutações e podem variar ao longo do tempo e o imunizante é atualizado anualmente para conferir maior proteção.
Para 2024, as vacinas trivalentes protegem contra as seguintes cepas: Influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09; Influenza A/Thailand/8/2022 (H3N2) e Influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria). Já as vacinas quadrivalentes devem conter, além dos três tipos de cepas obrigatórios, um vírus similar ao vírus Influenza B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata).
Quem não pode tomar a vacina contra a gripe?
A vacina é contraindicada apenas para pessoas que apresentaram reação alérgica grave a algum componente da vacina ou após uma dose anterior.
Quais são os principais efeitos colaterais da vacina da gripe?
Embora pouco comuns, os principais efeitos colaterais da vacinação contra gripe são: dor e vermelhidão no local da aplicação; fadiga; mal-estar e febre.
Quem poderá se vacinar no SUS?
A campanha de vacinação contra a gripe na rede pública no Brasil é destinada a grupos considerados prioritários por terem maior risco de contrair a infecção e evoluir para um quadro grave. Juntos, o Ministério espera que 75 milhões de brasileiros sejam imunizados. São eles:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
- Trabalhadores da Saúde;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).