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Coronavírus

Vacina da Oxford pode ser concluída até o final do ano, diz presidente da AstraZeneca

O anúncio foi dado em uma entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (10) com alguns investidores da companhia

VacinaçãoVacinação - Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O ensaio clínico da vacina da Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca pode ser completada ainda em 2020, segundo o presidente da empresa, Pascal Soriot.

O anúncio foi dado em uma entrevista à imprensa na manhã desta quinta-feira (10) com alguns investidores da companhia, dois dias após a empresa anunciar a pausa do estudo devido ao relato de efeito adverso em um voluntário.

A participante, uma mulher no Reino Unido que tomou a vacina, e não o placebo, apresentou sintomas neurológicos consistentes com uma inflamação espinhal rara, chamada mielite transversa, afirmou Soriot, ao mesmo tempo em que disse que o diagnóstico não havia sido concluído.

"Um comitê especialista deve ainda confirmar o diagnóstico, mas ela está melhorando e provavelmente terá alta do hospital até a próxima quarta-feira", disse.

Em nota, a Universidade de Oxford afirmou que a pausa "é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada em um dos estudos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos testes".

"Na AstraZeneca colocamos a ciência, a segurança e os interesses da sociedade no coração do nosso trabalho. Esta pausa temporária é a prova de que seguimos estes princípios, enquanto um único caso em um de nossos centros de testes é avaliado por um comitê de especialistas independentes", completou Soriot.

Enquanto o comitê avalia se houve uma relação causal da condição da mulher com o imunizante, o presidente buscou explicar que efeitos assim são esperados, principalmente quando os testes são feitos em uma grande quantidade de pessoas, e confirmou que uma outra interrupção já havia acontecido em julho.

A AstraZeneca avalia no momento cerca de 18 mil voluntários. No primeiro caso, porém, foi observado que o paciente tinha esclerose múltipla, e os efeitos neurológicos reportados não tinham relação com a vacina.

Soriot disse ainda que aguarda a determinação do comitê sobre quando os ensaios poderão retornar para que assim possam continuar o trabalho a fim de "fornecer essa vacina de forma ampla, justa e sem lucro durante a pandemia."

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