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Coronavirus

Vacinação avança com dificuldade na Argentina em meio à segunda onda da pandemia

Logo no início do outono, cerca de três milhões de pessoas foram inoculadas com a primeira dose e cerca de 600 mil com a segunda

Vacinação em Rosario, na província de Santa Fe, ArgentinaVacinação em Rosario, na província de Santa Fe, Argentina - Foto: Marcelo Manera / AFP

A Argentina avança com muitas dificuldades na vacinação contra a Covid-19 em meio aos grandes atrasos na entrega das doses e à urgência pelo aumento de infecções que antecipa uma segunda onda da pandemia.

Logo no início do outono, cerca de três milhões de pessoas foram inoculadas com a primeira dose e cerca de 600.000 com a segunda, de acordo com o registro público de vacinação.

O resultado está longe dos planos do presidente Alberto Fernández, que esperava ter 20 milhões de doses da vacina russa Sputnik V até o final de fevereiro, com possibilidade de mais cinco milhões.

Apesar de participar de testes voluntários da fase 3 do imunizante da Pfizer/BioNTech, a Argentina não conseguiu fechar um contrato com a empresa farmacêutica norte-americana. Em vez disso, recebe a vacina do grupo chinês Sinopharm, a cujos ensaios também aderiu.

E aguarda o avanço do acordo firmado com o México para a produção e distribuição conjunta da AstraZeneca e da Universidade de Oxford na América Latina.

Nesta terça-feira chegará da Rússia a nona remessa da Sputnik V - cerca de 300 mil doses -, com a qual a Argentina terá recebido 5,76 milhões de diversos laboratórios.

A escassez de vacinas levou o governo a adiar as segundas doses. A Argentina soma 55.611 mortes por covid e 2,3 milhões de infecções.

Na segunda-feira, foram registrados 14.014 novos casos, maior pico desde outubro. Além disso, confirmou a circulação de quatro variantes: Manaus, Rio de Janeiro, Califórnia e Reino Unido.

A curva de contágio saltou nas últimas duas semanas, passando de 6.164 novos casos no dia 15 de março para 14.014.

“Estamos em um momento crucial da pandemia”, disse à AFP a infectologista Gabriela Piovano, do Hospital Muñiz, referência na especialidade.

A ocupação de leitos de terapia intensiva é de 55,3% no país. O número que sobe para 60% na região metropolitana de Buenos Aires, com quase 15 milhões de habitantes, de uma população total de 44 milhões.

A mobilidade interna não foi limitada, porém, durante a Semana Santa, as fronteiras terrestres permaneceram fechadas e os voos do Chile, México e Brasil foram suspensos. Os do Reino Unido e Irlanda do Norte já haviam sido cancelados.

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