Vai viajar? Saiba os remédios que não podem faltar na sua malinha de remédios
Especialistas recomendam ter em mãos medicamentos como antialérgicos, anti-inflamatórios e colírios de lágrimas artificiais, mas nunca sem o aval de um médico
Primeira semana de julho, a época do ano é alta temporada para muitos que querem viajar. Escolher os principais remédios e montar a sua própria “farmacinha” de segurança é essencial nesse momento para evitar dores de cabeça em muitos sentidos durante a viagem. Especialistas indicam quais medicamentos não podem faltar na mala, como transportá-los no avião e quando é necessário procurar um médico.
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O primeiro passo é conversar com um médico de confiança, explicar sobre a viagem e ter todas as receitas necessárias em mãos, com os nomes dos medicamentos, doses adequadas e indicações para uso — principalmente se você faz uso de algum remédio de uso contínuo ou trata alguma doença crônica.
A endocrinologista Lorena Lima recomenda levar antialérgicos, remédios para dor de cabeça, anti-inflamatórios, pra enjoos, pomadas para picadas de insetos, mas sempre com o aval do seu médico. Isso porque todos os medicamentos têm contraindicações. Além disso, ela aconselha ter um colírio de lágrimas artificiais e soro para lavagem do nariz em mãos, principalmente se você for viajar de avião, porque o ar condicionado resseca as mucosas e os olhos.
Remédio para cólicas intestinal e menstrual também não podem faltar, e dependendo para onde você for e o tipo de comida que experimentar durante a viagem, vale a pena levar probióticos e fibras artificiais em sachê, ela aconselha.
Como transportar
— Os medicamentos devem ser transportados na mala de mão, por vários motivos. A mala despachada pode sofrer várias alterações de temperatura, o que pode deteriorar a medicação — alerta Lorena — Além disso, a mala despachada pode ser extraviada e, para quem faz uso de medicação para doença crônica, isso pode ser um risco.
Ao embarcar, a embalagem dos remédios deve ser transparente e o volume não pode ultrapassar 100ml. Medicamentos injetáveis, incluindo seringas e agulhas, são permitidos a bordo, mas a médica aconselha levar a receita explicando a dosagem e a finalidade do uso do medicamento para evitar desentendimentos no aeroporto.
Para quem for viajar de carro, a médica também aconselha guardar os remédios na bolsa de mão, e não nas bagagens que forem no porta-malas, onde não há refrigeração. Se você precisar deixar o carro estacionado no sol por muito tempo, é melhor levar os remédios consigo.
Outra dica importante é levar os medicamentos lacrados para evitar que o produto vaze. Caso o remédio esteja aberto, Lorena recomenda retirar a tampa, cobrir o buraco com papel filme e fechar com a tampa por cima.
Quando procurar um médico?
Os remédios da "farmacinha" servem para aliviar dores e desconfortos. Mas se os sintomas forem muito intensos e não passarem com os medicamentos, vale procurar um médico. O ideal é ter o contato de um médico de confiança com o qual você possa entrar em contato e entender se é necessário buscar um pronto-socorro.
Para crianças
Juliana Okamoto, pediatra do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, diz que sempre recomenda que os pais levem remédios via oral para vômito, febre e antialérgico — principalmente para viagens nacionais ou destinos que tiverem muitos mosquitos e comidas diferentes — além de pomada para picadas de insetos e alergia. Para viagens internacionais, ela também aconselha levar um corticoide.
— Sobre quando levar no médico, cada pai conhece o seu filho. Em caso de febre, dor de barriga ou vômito, os pais podem dar o remédio, mas se a criança parecer muito abatida, estiver com manchas no corpo e vomitando bastante, recomendo procurar um pediatra — ela afirma. Juliana também reforça que em caso de dúvida, é sempre importante buscar um profissional.