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Cigarro eletrônico

Vape acelera o envelhecimento da pele, alerta Sociedade Brasileira de Dermatologia

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, sociedade aponta mais um malefício dos cigarros eletrônicos para a saúde

Cigarro eletrônico, também conhecido como vape pelo adolescentesCigarro eletrônico, também conhecido como vape pelo adolescentes - Foto: Divulgação Ministério da Saúde

Nesta quinta-feira é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. De acordo com uma pesquisa recente da plataforma Progress Hub, que monitora a implementação das propostas da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Controle do Tabaco, 12,6% população adulta do Brasil fuma, 7 pontos percentuais menos que a média global.

Entretanto, o país ocupa o 1º lugar na região das Américas em propostas como redução da interferência da indústria, regulamentação do conteúdo dos produtos de tabaco e coordenação da vigilância e da investigação dos produtos ligados ao tabagismo.

Visando a isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou as consequências do hábito de fumar para a saúde da pele, cabelos e unhas.

“As toxinas presentes no cigarro danificam o colágeno e a elastina, proteínas responsáveis pela elasticidade e firmeza da pele, e causam estresse oxidativo, o que acelera o envelhecimento”, diz Aline Bressan, Coordenadora do Departamento de Dermatologia e Medicina Interna da SBD.

Os cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, também representam sérios riscos à saúde. “Estudos apontam potenciais riscos à saúde pública, principalmente para os jovens, não só no que diz respeito aos cuidados dermatológicos, mas na saúde do indivíduo como um todo, podendo afetar inclusive órgãos, como o pulmão, gerando graves problemas respiratórios”, afirma Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.

Bressan explica que em termos dos cuidados dermatológicos, além de favorecer o envelhecimento precoce, os produtos químicos presentes nos líquidos dos vapes podem ser irritantes, causando vermelhidão, reações alérgicas e até mesmo retardando a cicatrização e agravando lesões inflamatórias pré-existentes, como a acne.

O melasma, uma condição que causa manchas escuras na pele, é outro problema devido ao acúmulo de toxinas encontradas tanto no tabagismo como nos vapes. Assim como a queda de cabelo que também é um fator que impacta os fumantes, devido ao afinamento capilar, e as unhas que podem ficar quebradiças e amareladas.

Entre as doenças sistêmicas, a psoríase pode ser agravada ou desencadeada pelo fumo.

“A primeira forma de tratamento é o indivíduo parar de fumar, ter uma alimentação rica em antioxidantes, como vitaminas C e E, proteger a pele do sol e manter hidratada. Procedimentos dermatológicos como peeling químico, microagulhamento e laser podem ser benéficos ao estimular a produção de colágeno e remover células danificadas”, orienta Bressan.

Os médicos recomendam que os fumantes busquem auxílio dermatológico ao notar sinais como rugas acentuadas, pele sem brilho, cabelos quebradiços ou unhas amareladas. “Esses sinais indicam que a saúde dermatológica está sendo impactada e que um tratamento especializado pode ser necessário”, conclui a médica dermatologista.

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