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Várias ONGs registram dezenas de migrantes afegãos mortos enquanto tentavam entrar no Irã

O relator especial da ONU para a situação dos direitos humanos no Afeganistão apelou às autoridades para "investigarem de forma transparente"

Mulheres afegãsMulheres afegãs - Foto: Bülent Kilic/AFP

Um grupo iraniano de direitos humanos e a mídia online local relataram dezenas de migrantes afegãos mortos ou feridos pelas forças de segurança iranianas enquanto tentavam entrar no Irã vindos do Paquistão, o que levou a Anistia Internacional e a ONU a pedirem, nesta quinta-feira (17), uma investigação independente.

Segundo artigos publicados na imprensa online, as forças de segurança iranianas dispararam contra um grupo de afegãos que tentava atravessar no domingo a fronteira do Paquistão para a província de Sistão-Baluchistão (sudeste).

Vídeos publicados nas redes sociais mostram corpos ensanguentados de jovens na estrada, e o grupo de direitos humanos Haalvsh, da minoria baluchi, afirmou que cerca de 260 pessoas morreram, um número que não pode ser verificado de forma independente.

A mídia oficial iraniana não menciona o drama.

"Deve ser realizada uma investigação rápida, transparente e independente sobre este uso ilegal da força", solicitou a Anistia Internacional, que descreveu as informações como horríveis.

O relator especial da ONU para a situação dos direitos humanos no Afeganistão, Richard Bennett, mostrou-se "muito preocupado" e apelou às autoridades para "investigarem de forma transparente", em uma mensagem na rede X.

A relatora especial da ONU para o Irã, Mai Sato, também pediu uma investigação.

O Irã compartilha uma fronteira de mais de 900 km com o Afeganistão, uma fronteira menor com o Paquistão e acolhe uma das maiores populações de refugiados do mundo, essencialmente afegãos.

O fluxo de migrantes afegãos aumentou desde que os talibãs assumiram o poder em agosto de 2021.

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