Meio Ambiente

Vaticano planeja ter toda sua eletricidade produzida pelo "agrovoltaísmo"

Energia produzida abastecerá o centro de transmissão da Rádio Vaticano localizado no local, assim como todas as necessidades energéticas do Estado da Cidade do Vaticano

Papa Francisco na Basílica de São Pedro, no VaticanoPapa Francisco na Basílica de São Pedro, no Vaticano - Foto: Filippo Monteforte /AFP

O papa Francisco tentou a criação de uma central agrovoltaica perto de Roma com o objetivo de fornecer toda a eletricidade necessária ao Vaticano, que expressava seu objetivo de alcançar a neutralidade de carbono.

Em uma carta em forma de "motu proprio" (de iniciativa papal), publicada nesta quarta-feira (26), o papa argentino ordena a instalação de um "sistema agrovoltaico na região extraterritorial de Santa Maria de Galeria", localizado a noroeste da capital italiana.

O agrovoltaísmo envolve a produção de eletricidade a partir de painéis fotovoltaicos instalados em plantações agrícolas.

“Devemos transitar para um modelo de desenvolvimento sustentável que reduza as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, para alcançar o objetivo de neutralidade climática”, escreve o pontífice, destacando o papel da energia solar.

A energia produzida abastecerá o centro de transmissão da Rádio Vaticano localizado no local, assim como todas as necessidades energéticas do Estado da Cidade do Vaticano, acrescenta Francisco nessa carta datada de 21 de junho e intitulada "Fratello Sole" (Irmão Sol).

O Vaticano não especificou os dados exatos em que essa instalação entrará em operação.

Francisco, autor da encíclica “Laudato Si” em 2015, fez da ecologia um dos pilares do seu pontificado e o Vaticano aderiu em 2022 à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima e ao Acordo de Paris.

Em 2008, o papa Bento XVI deu início às medidas ecológicas do Vaticano para instalar painéis solares no telhado da enorme Sala Paulo VI, onde ocorreram as audiências papais semanais.

Quinze anos depois, o menor Estado do mundo se comprometeu a reduzir suas emissões de gases em 20% até 2030 em comparação aos níveis de 2011, um compromisso que tem principalmente um valor simbólico dado sua contribuição ínfima para as emissões globais.

As instalações agrovoltaicas, populares no Japão e na Coreia do Sul, estão gerando um interesse crescente em todo o mundo, mas também enfrentam a reticência do setor agrícola, que tem seus efeitos sobre os preços da terra e a produtividade das plantações.

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