Velório de Cláudia Gleice, mulher assassinada por marido PM, é marcado por tristeza e homenagens
A vítima, de 33 anos, estava grávida de três meses do policial militar Guilherme Barros
O clima de tristeza e comoção toma conta do velório de Cláudia Gleice da Silva, que acontece na tarde desta quarta-feira (21), no SAFPE, na cidade do Cabo de Santo Agostinho. O sepultamento está marcado para acontecer às 16h30, no Cemitério São José.
Familiares e dezenas de conhecidos da vítima de 33 anos estão no local prestando as últimas homenagens. Na última terça-feira (20), Claudia, que estava grávida de três meses, foi assassinada pelo companheiro Guilherme Barros, enquanto dormia na casa da mãe, no bairro de Malaquias, no Cabo.
Inconsolável, a mãe da vítima, dona Gracilene Bernardes, precisava do apoio de pessoas que estavam ao redor para ficar em pé e custava a acreditar que estava sepultando a filha grávida de três meses.
"Estou pensando em como vou viver a partir de amanhã sem ver ela. A ficha ainda não caiu. Ela está morta, mas eu a vejo viva. Vai ser muito ruim voltar para casa, ela morreu em cima da minha cama", lamentou a mãe.
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À reportagem, abatido, o tio de Cláudia, José Marcos da Silva, afirmou que ainda não consegue acreditar no que aconteceu com a sobrinha.
"A ficha ainda não caiu, é difícil acreditar. Às vezes tento segurar as lágrimas, mas é complicado. A gente custa a aceitar o que aconteceu com ela", contou.
O pintor industrial de 51 anos também ressaltou a presença de entes queridos para enfatizar como Cláudia era querida por todos na comunidade. "Ela era uma pessoa muito querida. Tem pessoas aqui que vieram de longe para poder se despedir, isso mostra o quão adorada ela era. Nunca teve problema com ninguém", afirmou.
Diretora da Banda Marcial Voluntários da Pátria, Danuzia Albuquerque conhecia Cláudia há 14 anos e confessou ter relação de "mãe e filha" com a madrinha da banca. "A notícia me pegou de surpresa, ela era uma pessoa muito reservada. Há 14 anos ela estava com a gente, e hoje ela era madrinha da banda. Ela nunca teve problema com ninguém, era muito amorosa. Não éramos confidencial, mas tínhamos uma relação de mãe e filha", detalhou a mulher de 65 anos.