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Venezuela

Venezuela diz que neutralizou outro suposto plano para matar Maduro

As ameaças contra o presidente foram feitas no WhatsApp de Piña

As ameaças contra o presidente foram feitas no WhatsApp de PiñaAs ameaças contra o presidente foram feitas no WhatsApp de Piña - Foto: Federico Parra/AFP

O Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou nesta quarta-feira (13) a detenção de duas pessoas - um líder da oposição e um militar desertor - a quem vinculou a uma suposta nova conspiração para assassinar o presidente Nicolás Maduro.

"Foram detidos na cidade de Maturín [estado de Monagas, leste] dois indivíduos, inicialmente por publicarem ameaças gravíssimas incitando ao assassinato, ao magnicídio do cidadão chefe de Estado Nicolás Maduro Moros", disse Saab em um comunicado à imprensa.

"As investigações preliminares que conduzimos revelam que, por trás dessas ameaças públicas e notórias, porque foram feitas por telefone e em redes sociais, existem evidências de uma nova conspiração", continuou.

Os dois detidos, identificados como Whilfer Piña, líder do partido opositor La Causa R, e o sargento da Guarda Nacional Renzo Flores, serão acusados perante um tribunal de terrorismo pelos crimes de "conspiração, associação e tentativa de magnicídio" após planejarem o atentado contra Maduro "há um ano".

As ameaças contra o presidente foram feitas no WhatsApp de Piña, segundo Saab.

"Whilfer, em seu status do WhatsApp, publicou a seguinte ameaça: [...] 'em Maturín será a morte de Maduro'", afirmou Saab, mostrando capturas de tela da mensagem e das conversas que Piña teve com Flores sobre o "plano".

O procurador-geral afirmou que os detidos pretendiam, juntamente com "ex-colegas da Academia Militar" de Flores, recrutar 50 militares "para tomar um tanque e o arsenal de um quartel militar para realizar uma tentativa insana de golpe de Estado".

A La Causa R rejeitou a prisão de Piña, classificando-a de "sequestro".

Neste ano, cerca de quarenta pessoas foram detidas por cinco supostos atos conspiratórios contra Maduro entre 2023 e início de 2024, incluindo a ativista de direitos humanos Rocío San Miguel e quatro diretores de campanha da opositora María Corina Machado, que aspira a enfrentar o mandatário nas eleições presidenciais.

As denúncias de tentativa de magnicídio são comuns no chavismo.

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