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Venezuela diz ter acordado "melhorar relações" com EUA após retomada de diálogos

Os detalhes das conversas não foram divulgados, mas culminaram com uma troca de prisioneiros

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante programa de televisão em CaracasPresidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante programa de televisão em Caracas - Foto: Presidência Venezuelana/Wendys Olivo

Venezuela e Estados Unidos concordaram em "melhorar as relações" bilaterais, após a retomada de um processo de negociação entre os dois países, informou, nesta quarta-feira (3), o chefe negociador da delegação do presidente Nicolás Maduro.

O chefe de Estado venezuelano, que busca uma terceira reeleição em 28 de julho, anunciou surpreendentemente há dois dias a realização desta reunião, que ocorre três meses após o restabelecimento das sanções ao petróleo venezuelano por parte de Washington.

"Após esta primeira reunião, acordamos: 1. A vontade de ambos os governos de trabalhar em conjunto para ganhar confiança e melhorar as relações", escreveu Jorge Rodríguez, representante do governo venezuelano na rede social X.
 

E "manter comunicações de maneira respeitosa e construtiva", acrescentou.

Caracas e Washington realizaram negociações secretas entre altos funcionários no final do ano passado no Catar, como anunciado na época por Rodríguez, que também preside o Parlamento.

Os detalhes das conversas não foram divulgados, mas culminaram com uma troca de prisioneiros: os Estados Unidos libertaram Alex Saab, acusado de ser testa-de-ferro de Maduro, e a Venezuela soltou 28 detidos, 10 americanos e 18 venezuelanos.

Maduro afirmou na segunda-feira que as conversas foram retomadas após uma proposta dos Estados Unidos que ele decidiu aceitar depois de "pensar por dois meses".

A reunião foi virtual, especificou Rodríguez, e serviu para que a Venezuela expressasse "rejeição às distorções que têm sido repetidamente publicadas sobre este diálogo por porta-vozes do governo americano".

Rodríguez não entrou em detalhes, mas o governo dos Estados Unidos tem sido muito crítico em relação à organização das eleições presidenciais e aos obstáculos que, segundo denuncia, as autoridades eleitorais da situação impuseram à participação de opositores.

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