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Venezuela pede que Espanha mude de postura sobre reeleição de Maduro

O Congresso dos Deputados espanhol exigiu que o chefe de governo Pedro Sánchez reconhecesse González como vencedor das eleições de 28 de julho

Yván Gil, ministro das Relações Exteriores da VenezuelaYván Gil, ministro das Relações Exteriores da Venezuela - Foto: Federico Parra/AFP

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, informou nesta terça-feira (17) que pediu ao seu par espanhol, José Manuel Albares, que Madri "retifique imediatamente" a postura adotada após a reeleição do presidente Nicolás Maduro.

Em conversa telefônica, Albares exigiu a confirmação da identidade, das acusações e dos locais de reclusão dos dois cidadãos espanhóis presos por suposta participação em um plano para matar Maduro.

"A Venezuela não vai tolerar uma escalada das agressões e interferências a partir da Espanha, que se tornou nos últimos anos um refúgio de terroristas e criminosos ligados ao fascismo em nosso país", publicou Gil em seu canal no Telegram.

"Esperamos que o governo espanhol retifique imediatamente, condene o terrorismo de forma inequívoca e assuma os compromissos que lhe correspondem no âmbito do direito internacional", continuou o chanceler.

Autoridades venezuelanas anunciaram no último sábado a prisão dos dois espanhóis, de três americanos e de um tcheco, acusados pelo governo de participação em um plano de magnicídio. Hoje, foi anunciada a prisão de outro americano.

Albares insistiu em que os detidos "não têm qualquer vínculo com nenhum órgão público espanhol, muito menos com o CNI [agência de inteligência da Espanha]", e informou que está em contato com as famílias dos presos.

Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), em meio a denúncias de fraude feitas pela oposição, que reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia, asilado na Espanha.

O Congresso dos Deputados espanhol exigiu que o chefe de governo Pedro Sánchez reconhecesse González como vencedor das eleições de 28 de julho, o que ele não fez, embora tenha recebido o candidato no palácio de La Moncloa.

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