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INTERNACIONAL

Venezuela rejeita presença de Comando Sul dos EUA na Guiana e diz que decisão ameaça "zona de paz"

Ministério das Relações Exteriores venezuelano afirmou que ações "agravam a disputa territorial''e relembrou referendo consultivo que teve aprovação popular no país

O presidente da Venezuela Nicolás MaduroO presidente da Venezuela Nicolás Maduro - Foto: Sérgio Lima/AFP

Após o presidente da Guiana, Irfaan Ali, autorizar a presença do Comando Sul dos Estados Unidos no país, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela denunciou a decisão, classificada pela pasta como “imprudente”. O anúncio, feito nesta quarta-feira, ocorre em meio à disputa territorial de Georgetown com Caracas pelo território de Essequibo.

“A Venezuela denuncia, perante a comunidade internacional e, especificamente, perante à Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC), a atitude imprudente da Guiana, que, agindo sob o mandato da transnacional estadunidense ExxonMobil, está abrindo a possibilidade de instalação de bases militares por uma potência imperial, ameaçando a zona de paz delineada nessa região”, diz o comunicado.

A pasta também denunciou que essas ações “agravam a disputa territorial”, e ocorrem após o referendo consultivo que a Venezuela realizou no último domingo. Nele, de acordo com números do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 10,4 milhões de pessoas participaram em apoio à anexação do território e criação do estado Guiana Essequiba.

Na terça-feira (5), o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou a criação de uma Zona Operacional de Defesa Integral (Zodi) na área, que operará em Tumeremo, no município de Sifontes, estado de Bolívar que faz fronteira com Essequibo. Além disso, informou a nomeação do major-general e deputado Alexis Rodríguez Cabello como autoridade única da Guiana Essequiba.

A Venezuela ainda condenou o fato de que a Guiana pretende conceder licenças à ExxonMobil para exploração de petróleo. O país menciona o Acordo de Genebra de 1966, o único reconhecido por ele como válido. Em 2018, porém, a Guiana solicitou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) uma decisão sobre se o Laudo Arbitral de Paris de 1899, que despojou a Venezuela do território de Essequibo, é legal.

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