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Saúde

Veterana do Exército tem perna amputada após infecção causada por bactéria carnívora, nos EUA

Jennifer Barlow teve fascite necrosante após contrair a bactéria em uma viagem para as Bahamas; engenheira pede ajuda para custear tratamento e conseguir prótese

Jennifer Barlow teve fascite necrosante após contrair a bactéria em uma viagem para as BahamasJennifer Barlow teve fascite necrosante após contrair a bactéria em uma viagem para as Bahamas - Foto: Foto: Reprodução/Redes Sociais

A engenheira e veterana do Exército americano Jennifer Barlow usou seu perfil com mais de 60 mil seguidores no Instagram para comentar a luta que travou contra uma bactéria carnívora no início deste ano. Barlow precisou ter a perna direita amputada após ser infectada pela bactéria no mar das Bahamas. Segundo o relato da engenheira, a porta de entrada para a infecção foi um corte na perna.

Veterana cortou perna enquanto se depilava
Jennifer relata que cortou a perna enquanto se depilava. Por ser pequeno, ela não deu importância ao corte. No entanto, algum tempo depois, a engenheira diz que seu joelho começou a inchar, fazendo com que ela mal conseguisse se locomover. Qualquer simples movimento ou toque, segundo ela, causava dor intensa, e sua impressão era que o joelho pudesse estar torcido.

A luta pela vida começou quando, um dia, estava com o irmão mais novo na cozinha de casa e caiu. Os familiares de Jennifer precisaram chamar a emergência. Após a internação, foram várias semanas de tentativa dos médicos em salvar a perna da veterana. Por fim, não restou outra opção senão remover o membro.

Fascite necrosante
A complicação no estado de saúde de Jennifer Barlow durante a internação a causaram um choque séptico, e ela ficou entre a vida e a morte. A veterana também apresentava sinais de insuficiência renal e hepática, além de precisar de uma máquina para mantê-la respirando.

O que é a fascite necrosante?
A infecção bacteriana contraída por Barlow é rara e grave. Ela pode resultar em uma fascite necrosante, causada, em geral, pelos estreptococos do grupo A. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano, o uso de antibióticos no início da infecção é fundamental, já que ela se espalha pelo corpo com rapidez, deixando a pele vermelha, inchada e quente.

Barlow precisou ser colocada em coma induzido por mais de uma semana. Durante esse período, foram 12 cirurgias para remover tecido morto de sua coxa.

Antes da amputação, ela chegou a ser transferida para o hospital Grady Memorial, que possui tratamento especializado para feridas. No entanto, acabou precisando perder a perna, em março.

Busca por prótese
Jennifer está em casa desde o mês de maio, mas apenas recentemente decidiu compartilhar toda a história com o público de suas redes sociais. A engenheira reaprende, agora, todas as tarefas cotidianas, e abriu uma vaquinha virtual para custear os gastos com o tratamento.

A campanha já havia arrecadado, até a última terça-feira, mais de 38 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 180 milhões. A esperança da engenheira, que atualmente se locomove por meio de cadeira de rodas e um andador, é conseguir uma prótese.

— Quero compartilhar minha história sobre minhas experiências de quase morte ao longo da estrada. Como tem sido reaprender a ser humano e a solidão de viver em um hospital por quase 5 meses — publicou Jennifer, em relato nas redes sociais.

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