Equador

Vice do Equador admitiu distanciamento com presidente

Assim que assumiu a carga, Abad foi a um mercado de alimentos em Quito para comer com vendedores

A vice-presidente do Equador, Verónica Abad, admitiu, nesta terça-feira (28)A vice-presidente do Equador, Verónica Abad, admitiu, nesta terça-feira (28) - Foto: Reprodução/Internet

A vice-presidente do Equador, Verónica Abad, admitiu, nesta terça-feira (28), a existência de um distanciamento com o presidente Daniel Noboa que, assim que casou o cargo, a delegou para ir a Tel Aviv para colaborar na paz entre israelenses e palestinos.

"Não podemos tapar o sol com um dedo. O senhor presidente me quer longe", disse Abad em entrevista coletiva na sede da Vice-Presidência em Quito.

Desde a campanha para as últimas eleições, os meios de comunicação equatorianos noticiaram uma ruptura entre Abad e Noboa.

De acordo com o vice-presidente, ela não foi convidada para o almoço oficial na sede presidencial após a posse no Parlamento na última quinta-feira, e tampouco para a foto oficial do gabinete no domingo.

Assim que assumiu a carga, Abad foi a um mercado de alimentos em Quito para comer com vendedores. Abad deu a entender que o distanciamento ocorreu por causa de acordos políticos da situação com outros partidos.

O movimento ADN, que apoia Noboa, se aliou com a Revolução Esquerdista Cidadã do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), condenado a oito anos de prisão por corrupção, e o Partido Social Cristão, de direita, para fazer maioria e nomear autoridades dentro do Legislativo.

Um dia depois da posse, Noboa - que se autoproclama de centro-esquerda e que governará por 18 meses – designou, mediante decreto, "como única função" para Abad ser "colaboradora para a paz e prevenir a escalada do conflito entre Israel e Palestina ".

Ela deverá cumprir essa função da embaixada equatoriana em Tel Aviv, por ordem do mandatário.

O vice-presidente não detalhou quando irá para Israel. No entanto, assinalou que solicita informação a outras pastas do Estado para preparar a sua viagem.

“Se os Estados Unidos, com o poder político que têm e os milhões que injetaram no conflito bélico para buscar essa paz entre Israel e Palestina, não obtiveram sucesso no mesmo, a tarefa encomendada é um grande desafio para o país”, disse Abad ao aceitar ou carregar.

Por sua vez, a Secretaria-Geral de Comunicação informou em nota que o governante dispôs que a chanceler Gabriela Sommerfeld "se reunisse com um vice-presidente, com o objetivo de coordenar todas as ações possíveis" para a tarefa designada.

A Constituição equatoriana estabelece que o vice-presidente substituirá o presidente em caso de ausência temporária ou definitiva. No restante do tempo, exercerá as funções que o governante lhe designar.

Antes das últimas eleições gerais antecipadas, Abad afirmou à imprensa que tinha conhecido Noboa dois anos antes, e que ele foi convidado para ser sua companheira de chapa.

Noboa, empresário e multimilionário, surpreendeu no primeiro turno presidencial de agosto e venceu o segundo em outubro ao conseguir 52% dos votos contra Luisa González, aluna do socialista Correa, que mora na Bélgic

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