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Vídeo: foguete da Nasa rumo à Lua decola na Flórida

A previsão é que o módulo de pouso lunar Peregrine da Astrobotic chegue em 23 de fevereiro

Peregrine está programado para pousar na Lua em 23 de fevereiroPeregrine está programado para pousar na Lua em 23 de fevereiro - Foto: Reprodução

A primeira espaçonave americana que pretende chegar à Lua depois de mais de meio século decolou na manhã de segunda-feira. Dessa vez, no entanto, é a vez de um artefato da indústria privada. O foguete viaja também em meio a uma polêmica envolvendo cinzas e restos mortais humanos, que serão levados para a superfície lunar. O módulo tem uma jornada de cerca de 46 dias para chegar à superfície lunar. 

Veja o lançamento:

O novo foguete, o Vulcan Centaur da United Launch Alliance (ULA), decolou da Estação da Força Espacial dos EUA, em Cabo Canaveral, às 02h18 (04h18 no horário de Brasília) para sua viagem inaugural, na qual transporta o módulo de pouso lunar Peregrine da Astrobotic.

Se tudo correr conforme o planejado, Peregrine pousará em uma região de latitude média da Lua chamada Sinus Viscositatis, ou Baía da Aderência, em 23 de fevereiro.

"Trazer os Estados Unidos de volta à superfície da Lua pela primeira vez desde (a missão) Apollo é uma honra importante" disse John Thornton, CEO da Astrobotic, com sede em Pittsburgh.

Até agora, somente algumas agências espaciais nacionais conseguiram realizar uma alunissagem (pouso na Lua): a União Soviética foi a primeira, em 1966, seguida por Estados Unidos, que segue sendo o único país a ter levado humanos à Lua. A China tocou a superfície com sucesso três vezes durante a última década, enquanto a Índia foi a mais recente a alcançar o feito na sua segunda tentativa, no ano passado.

Os Estados Unidos estão recorrendo ao setor privado em um esforço para estimular uma economia lunar mais ampla e enviar as suas próprias naves espaciais a baixo custo, no âmbito do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS).

Segundo a Nasa, o módulo de pouso ajudarão a agência a compreender melhor os processos e a evolução planetária, a procurar evidências de água e outros recursos e a apoiar a exploração humana sustentável e de longo prazo.

“O primeiro lançamento do CLPS enviou cargas úteis a caminho da Lua – um salto gigante para a humanidade enquanto nos preparamos para regressar à superfície lunar pela primeira vez em mais de meio século”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson.

“Essas missões de alto risco não apenas conduzirão novas ciências na Lua, mas também apoiarão uma economia espacial comercial crescente, ao mesmo tempo que mostram a força da tecnologia e inovação americanas. Temos muita ciência para aprender através das missões CLPS que nos ajudarão a compreender melhor a evolução do nosso sistema solar e a moldar o futuro da exploração humana para a Geração Artemis.”

Uma tarefa desafiadora
A agência espacial Nasa pagou à Astrobotic mais de 100 milhões de dólares pela missão, enquanto outra empresa contratada, Intuitive Machines, pretende lançar um foguete em fevereiro e pousar perto do polo sul da Lua.

"Cremos que permitirão viagens mais rentáveis e mais rápidas à superfície lunar para se preparar para Artemis" afirmou Joel Kearns, administrador associado adjunto de exploração da Nasa.

Artemis é o programa liderado pela Nasa para voltar a levar astronautas ao solo lunar no final desta década, como preparação para futuras missões em Marte.

O pouso controlado na Lua é um desafio já que aproximadamente a metade de todas as tentativas acaba em fracasso. Diante da falta de uma atmosfera que permita o uso de paraquedas, a nave espacial deve navegar através de um terreno complicado, utilizando apenas seus propulsores para frear a descida.

As missões privadas de Israel e do Japão, assim como uma tentativa recente da agência espacial russa, fracassaram, mesmo que a agência espacial japonesa tenha como objetivo realizar em meados de janeiro o desembarque de seu módulo SLIM, lançado em setembro passado.

A bordo do Peregrine há um conjunto de instrumentos científicos que servirão para estudar a radiação e a composição da superfície lunar, o que permitiria avançar no caminho para o retorno dos astronautas. Também transporta um veículo do tamanho de uma caixa de sapatos, um bitcoin físico e cinzas de personalidades da série Star Trek, incluindo os restos cremados do criador, Gene Roddenberry.

 

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