Vídeo mostra momento em que mísseis explodem em prédio residencial na Ucrânia; assista
Maior bombardeio desde o início da guerra, com 158 mísseis e drones, atingiu cidades em todo o território; explosão em edifício deixou ao menos duas crianças feridas
Um edifício residencial explodiu após ser atingido por ataque aéreo russo na cidade de Odessa, na costa da Ucrânia. Todo o território do país está sob alerta após uma onda de bombardeios na capital Kiev e diversas cidades. De acordo com autoridades ucranianas, ao menos 12 pessoas foram mortas e mais de 70 ficaram feridas por 158 drones e mísseis lançados pela Rússia na madrugada desta sexta-feira, durante um ataque que durou cerca de 18 horas.
Assista ao vídeo:
The moment of the Russian strike at the residential complex in Odesa... pic.twitter.com/jfbFRFlgRL
— The Ukrainian Review (@UkrReview) December 29, 2023
Em Odessa, autoridades registaram duas mortes e 15 civis hospitalizados até o momento, incluindo duas crianças de 6 e 8 anos que ficaram feridas no ataques com mísseis contra o prédio residencial.
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O presidente Volodymyr Zelensky compartilhou, em suas redes sociais, um vídeo com imagens do ataque. De acordo com o governante, uma maternidade, prédios educacionais, edifícios residenciais e shoppings foram algumas das instalações atingidas pelos mísseis. "Certamente responderemos aos ataques terroristas. E continuaremos a lutar pela segurança de todo o nosso país, de cada cidade e de cada cidadão. O terror russo deve e irá perder", declarou em seu perfil no X (antigo Twitter).
De acordo com a publicação, além da capital Kiev, as cidades de Lviv, Odesa, Dnipro, Kharkiv, Zaporíjia e outras sofreram com o ataque. "Um total de cerca de 110 mísseis foram disparados contra a Ucrânia, a maioria deles abatidos. Infelizmente, houve mortes e feridos como resultado dos ataques. Todos os serviços funcionam 24 horas por dia e prestam o auxílio necessário. Minhas condolências àqueles que perderam seus entes queridos. Desejo uma rápida recuperação aos feridos.", escreveu o presidente.
Ainda de acordo com autoridades ucranianas, no ataque, foi utilizada quase toda a variedade de armas do arsenal russo: 'Kindzhals', S-300, mísseis de cruzeiro, drones e bombardeiros estratégicos com mísseis X-101/X-505.
Ucrânia abateu 114 dos 158 ataques aéreos
Segundo o chefe do exército ucraniano, em uma publicação no Telegram, 114 dos 158 ataques russos foram interceptados. As defesas aéreas da Ucrânia abateram, ao todo, 27 drones e 87 mísseis de cruzeiro. De acordo com as informações, 44 armas ainda teriam atingido o país.
O chefe da Força Aérea ucraniana acrescentou que este foi “o ataque aéreo mais massivo” desde o início da invasão russa. Ele afirma que o bombardeio visou, especialmente, infraestruturas críticas, indústria e instalações militares.
Bombardeios em todo o território
Na capital Kiev, ouviram-se várias explosões e o presidente da câmara, Vitali Klitschko, pediu à população que procurasse abrigo. A agência estatal russa TASS noticiou que um dos alvos na cidade foi uma fábrica de equipamento para a aviação militar, situada perto da estação de uma estação de metrô.
Pelo menos três pessoas ficaram feridas num ataque em Konotop, na região de Soumy, no nordeste da Ucrânia, onde um bloco de apartamentos foi atingido, de acordo com a administração militar local. Três drones iranianos Shahed foram destruídos no local, acrescentou o exército.
A cidade de Kharkiv foi atingida por pelo menos dez ataques que até agora provocaram a morte de um civil. O presidente da câmara do município, Igor Terekhov, afirmou que os ataques interromperam o fornecimento de eletricidade e a circulação de transportes públicos.
Na capital da província de Dnipro, um projétil atingiu um centro comercial, provocando um incêndio e danos numa maternidade e num hospital pediátrico.
Já em Lviv, uma cidade mais raramente visada por se situar no extremo oeste da Ucrânia, um míssil atingiu um bloco de apartamentos, matando uma pessoa e ferindo três, de acordo com o chefe da administração militar regional, Maksym Kozytskyi.
Na região de Dnipropetrovsk, o chefe da administração militar, Sergei Lysak, falou de uma "manhã trágica" em que os foguetes russos atingiram "quase uma dúzia de pessoas e quatro morreram".