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MUNDO

Vídeo mostra o pouso histórico do lander americano Blue Ghost com detalhes impressionantes da Lua

A missão Blue Ghost, da Firefly Aerospace, vai operar um telescópio de raios X, uma broca de perfuração do solo e um computador projetado para se recuperar de erros causados pela radiação espacial

Pouso na Lua Pouso na Lua  - Foto: Reprodução

Uma nave espacial robótica de uma startup americana pousou suavemente em uma planície de lava no lado próximo da Lua na manhã do último domingo. Após alguns dias em solo lunar, a Firefly Aerospace divulgou nas redes sociais imagens inéditas do pouso no satélite natural da Terra. Com qualidade impressionante, o vídeo mostra toda a aproximação, queima de pouso e o toque suave no chão.

Além disso, o vídeo revela detalhes incríveis, como as altas nuvens de poeira lunar levantadas pelos propulsores do Blue Ghost à medida que se aproximava da superfície. O pouso aconteceu com o sol baixo no horizonte lunar, proporcionando uma vista espetacular da sombra do módulo enquanto ele se acomodava em seu novo lar.

 

"Veja Firefly pousar na lua! Após identificar perigos na superfície e selecionar um local de pouso seguro, BlueGhost pousou diretamente sobre o alvo em Mare Crisium. Um momento histórico em 2 de março que nunca esqueceremos. Temos poeira lunar em nossas botas!", escreveu a empresa.

O módulo de pouso dourado, do tamanho de um carro, foi lançado em 15 de janeiro a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, capturando imagens impressionantes da Terra e da Lua durante a jornada. Ele compartilhou o voo com um módulo japonês que tentará um pouso lunar em maio.

Uma fotografia divulgada pela Firefly Aerospace mostrando a sombra do módulo de pouso Blue Ghost na superfície da lua no domingo Uma fotografia divulgada pela Firefly Aerospace mostrando a sombra do módulo de pouso Blue Ghost na superfície da lua no domingo — Foto: Firefly Aerospace

Projetada para operar durante um dia lunar completo (equivalente a 14 dias terrestres), a Blue Ghost deverá registrar imagens em alta definição de um eclipse total em 14 de março, quando a Terra bloqueará a luz do Sol no horizonte lunar.

O módulo de pouso Blue Ghost, construído pela Firefly Aerospace, levou para o satélite natural da Terra dez instrumentos para estudos da Nasa, como parte do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS). Vários desses instrumentos estão focados na poeira lunar, que geralmente é angular, pegajosa e afiada — uma praga para máquinas e um potencial problema de saúde para futuros astronautas que viajarão até a Lua.

Os instrumentos nesta missão conduzirão demonstrações inéditas para ajudar a permitir uma navegação mais precisa na Lua, determinar como as naves espaciais interagem com a superfície lunar e como o campo magnético da Terra influencia os efeitos do clima espacial em nosso planeta.

O programa de missões privadas da Nasa
Pousar na Lua é um grande desafio devido à ausência de atmosfera, o que impossibilita o uso de paraquedas. Por isso, as espaçonaves precisam depender de manobras precisas com propulsores para reduzir a velocidade da descida.

Até o sucesso da Intuitive Machines, apenas cinco agências espaciais nacionais haviam conseguido esse feito: União Soviética, Estados Unidos, China, Índia e Japão.

Agora, os EUA buscam tornar as missões lunares privadas mais frequentes por meio do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS), da NASA, que investiu US$ 2,6 bilhões para impulsionar essas iniciativas.

As missões ocorrem em um momento delicado para a NASA, em meio a especulações de que o programa Artemis pode ser reduzido ou até cancelado, com foco na exploração de Marte — uma prioridade tanto para o ex-presidente Donald Trump quanto para seu conselheiro e fundador da SpaceX, Elon Musk.

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