Vídeos mostram momentos de conflito por atuação de gangues no Equador; assista
País declarou estado de 'Conflito Armado Interno' em todo o território nacional
O Equador entra no segundo dia de estado de "Conflito Armado Interno", decretado pelo presidente Daniel Noboa e em vigor em todo o território nacional desde terça-feira. A onda de violência foi desencadeada pela fuga do chefe da maior quadrilha criminosa equatoriana de um presídio em Guayaquil, no sudoeste. Desde então, grupos criminosos tem ido às ruas, com registros de tiroteios, incêndios a carros e execuções.
Segundo balanços preliminares, dez pessoas morreram e dezenas de pessoas foram presas, em incidentes relacionados aos atos de violência. Veja vídeos:
| Guayaquil bajo fuego
— Alerta Buritica News (@Buritica_news) January 10, 2024
Grupos criminales en Ecuador, sumen a su capital en el caos y el terror.#EcuadorBajoAtaque#EcuadorDeMalEnPeor #EcuadorNoAguantaMas pic.twitter.com/piaRje1zAv
A maioria dos mortos era da cidade de Guayaquil, onde está localizada a prisão de segurança máxima em que cumpria pena Fito, líder da facção Los Choneros.
De acordo com informações do centro de gestão de segurança pública municipal, oito pessoas foram mortas na cidade na terça-feira, e outras três ficaram feridas, incluindo um policial. Até às 18h30 de terça (20h30 em Brasília), 1.932 chamadas notificando crimes foi atendida pela central, e 650 situações de emergência foram atendidas.
#URGENTE
— Ecuadorinmediato (@ecuainm_oficial) January 9, 2024
En el centro de #Quito, se puede observar a un tanque de las Fuerzas Armadas.
@joansap pic.twitter.com/Yk2karihZU
O cenário representa a primeira crise do presidente Daniel Noboa, de 36 anos, que se manifesta nas redes sociais, afirmando combater a "delinquência" e o "narcoterrorismo".
Um balanço da Polícia Nacional do Equador divulgado durante a madrugada desta quarta-feira (por volta das 03h em Brasília) indica que 70 pessoas foram presas por participação no que o governo classifica como "atentados e atos terroristas". Ainda de acordo com o balanço, que dispõe de dados preliminares, 17 foragidos também foram recapturados pelas autoridades.
A Polícia Nacional também indicou que três dos sete policiais sequestrados por criminosos desde o início dos tumultos foram resgatados, sem dar detalhes adicionais. Segundo o relato do jornal equatoriano Extra, os policiais foram retirados de dentro de uma unidade de segurança comunitária da cidade de Machala por homens armados, e posteriormente abandonados em um barco no Golfo de Guayaquil. Ainda segundo a publicação, dez pessoas foram presas por envolvimento no caso.
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Na terça-feira, criminosos armados invadiram o canal de televisão TC e obrigaram os funcionários a deitarem no chão ao vivo.
A autoridade policial também informou que oito eventos com artefatos explosivos foram controlados. Quinze coquetéis molotov, nove armas de fogo e 308 munições foram apreendidas.
As facções criminosas do Equador — que até pouco tempo atrás era considerado um dos países mais pacíficos da América do Sul — declararam guerra ao governo após o presidente Daniel Noboa declarar estado de emergência, no domingo, após a fuga de Fito da prisão.
Apesar da ameaça das facções, Noboa não recuou e emitiu um novo decreto, desta vez instaurando um estado de "Conflito Armado Interno". Na prática, a ordem autoriza as Forças Armadas a "neutralizar" 22 grupos criminosos em atuação no país, que passaram a ser considerados "organizações terroristas".
As facções apontadas como terroristas foram listadas pelo Conselho de Estado e de Segurança Pública do Equador, que ficará responsável por atualizá-la com base em "relatórios técnicos". Foram incluídas, inicialmente: Águillas, ÁguillasKiller, Ak47, Caballeros, Oscuros, ChoneKiller, Choneros, Corvicheros, Cuartel de las Feas, Cubanos, Fatales, Gánster, Kater Piler, Lagartos, Latin Kings, Los p.27, Los Tiburones, Mafia 18, Mafia Trébol, Patrones, R7 e Tiguerones.