Vila dos Milagres: criança de 7 anos entre as pessoas desaparecidas após deslizamentos
De acordo com o Major Vieira de Melo, comandante da operação desta quarta-feira (1º) na Vila dos Milagres, duas barreiras caíram no último sábado (28), atingindo casas e moradores
As buscas pelas vítimas das chuvas continuam na Vila dos Milagres, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife. Até o momento, dez corpos foram encontrados no local após o deslizamento de duas barreiras. Duas pessoas ainda estão desaparecidas.
Até a manhã desta quarta-feira (1º), entre as vítimas desaparecidas estavam Ulisses Vinícius Bezerra dos Santos, de 21 anos, e Tereza Raimunda Bezerra, de 84 anos, de acordo com Adriana Bezerra, filha e tia das vítimas e uma criança de 7 anos. À tarde, o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco confirmou que uma das três vítimas foi encontrada, mas não informou a sua identidade.
De acordo com o Major Vieira de Melo, comandante da operação desta quarta-feira (1º) na Vila dos Milagres, duas barreiras caíram no último sábado (28), atingindo casas e moradores.
"Observamos uma barreira maior, que é o foco do nosso trabalho. E teve uma barreira menor, que não causou prejuízo humano, apenas material. O nosso foco principal é na maior que causou essa destruição", destacou o Major.
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Efetivos do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, do Exército Brasileiro e do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina com equipes de cães farejadores participam da operação.
"A gente está atualmente com duas frentes, com maquinário de retroescavadeiras e caminhões caçamba fazendo essa atuação, com o efetivo nosso do Corpo de Bombeiros e do Exército Brasileiro. Além disso, a gente está contando com as forças dos bombeiros de Santa Catarina, com uma equipe de cães. São três homens com três cães fazendo a busca nessa localidade. A questão da chuva ter dado uma trégua nos ajuda porque os cães precisam se deslocar no terreno e o nosso efetivo também. Quando está muito encharcado impede o deslocamento e progressão no terreno", destacou.
O cabeleireiro Daniel José da Silva, de 40 anos, morador da comunidade, chegou minutos depois do deslizamento das barreiras e viu o primeiro corpo sendo retirado. Ele mora há muitos anos no local.
"Não dava para acreditar, foi muito triste, mas é a vida. Doeu muito de ver essas pessoas, que eu vi crescer e hoje estou vendo nessa situação. Tiveram amigos de infância que perderam tudo, mas estão bem com a família. Mas outros perderam a vida", disse.