Vinte e seis jihadistas estrangeiros são presos no Irã em relação com atentado em Shiraz
O ataque ocorreu em um contexto tenso no Irã, que há semanas vive uma onda de protestos desencadeada pela morte da jovem Mahsa Amini
As autoridades iranianas afirmaram nesta segunda-feira (7) que 26 estrangeiros foram detidos por suposto envolvimento no ataque de 26 de outubro na cidade de Shiraz, no sul, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Pelo menos 13 pessoas, incluindo uma mulher e duas crianças, morreram no ataque ao mausoléu de Shah Cheragh, o principal santuário muçulmano xiita no sul do Irã.
"O Ministério da Inteligência identificou e deteve todos os agentes envolvidos na operação terrorista em Shiraz", disse o ministério em nota publicada em seu site.
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"Sendo assim, 26 terroristas 'takfiri' [do] Azerbaijão, Tadjiquistão e Afeganistão" foram presos, disse a nota. O termo "takfiri" designa no Irã e em vários países os grupos jihadistas ou islâmicos radicais sunitas.
As prisões ocorreram nas províncias de Fars, Teerã, Alborz, Kerman, Qom e Khorasan Razavi e nas "fronteiras orientais" do Irã, segundo a fonte.
Em 31 de outubro, o ministério anunciou a prisão de vários "elementos" envolvidos no ataque, incluindo um "elemento de apoio operacional" que foi identificado na segunda-feira como Mohamed Ramez Rashidi, de nacionalidade afegã.
O principal autor do ataque, identificado pela mídia local como Hamed Badakhshan, morreu devido aos ferimentos sofridos durante sua prisão.
"O principal suspeito é um cidadão do Azerbaijão que chegou ao aeroporto internacional de Teerã vindo de Baku", disse o ministério.
O ataque ocorreu em um contexto tenso no Irã, que está imerso há mais de sete semanas em uma onda de protestos desencadeada pela morte de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos que morreu em 16 de setembro após ser detida pela polícia da moral.