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Virgin Galactic lança hoje seu segundo voo comercial espacial

Os passageiros serão os primeiros turistas privados da empresa de Richard Branson

Anastatia Mayers, Jon Goodwin e Keisha Schahaff (da esquerda para a direita) voarão na missão Galactic 02 em agostoAnastatia Mayers, Jon Goodwin e Keisha Schahaff (da esquerda para a direita) voarão na missão Galactic 02 em agosto - Foto: Divulgação/Virgin Galactic

A Virgin Galactic está pronta para lançar nesta quinta-feira (10) seus primeiros turistas espaciais privados, o segundo voo espacial comercial da empresa e um marco há muito esperado na busca do fundador Richard Branson de construir uma "linha espacial para a Terra".

A viagem suborbital a partir de um espaçoporto no Novo México encerra quase duas décadas de trabalho de desenvolvimento e permite que a Virgin Galactic finalmente comece a liberar um acúmulo de cerca de 800 detentores de passagens que estavam esperando por viagens ao espaço.

A Virgin Galactic está competindo com a Blue Origin, de Jeff Bezos, para vender viagens a pessoas que buscam emoção e querem se livrar da gravidade da Terra por alguns minutos, razão pela qual a empresa foi criada.

Entre os passageiros estão Jon Goodwin, de 80 anos, um ex-atleta olímpico britânico que sofre de Mal de Parkinson, bem como Keisha Schahaff e Anastatia Mayers, uma dupla de mãe e filha do Caribe que ganhou seus assentos por meio de um sorteio beneficente. Elas serão acompanhadas por dois pilotos e um astronauta de apoio da Virgin Galactic.

As ações da Virgin Galactic caíram 2,3% para US$ 3,38 na quarta-feira no pregão regular em Nova York. As ações caíram quase 3% este ano e permanecem bem abaixo das altas de mais de US$ 55 em 2021. Ela foi listada publicamente por meio de uma fusão reversa com uma empresa de aquisição de propósito específico, ou SPAC, em 2019.

Um webcast do voo está programado para começar às 11h, horário de Nova York.

 

O voo ocorre pouco mais de um mês depois que a Virgin Galactic finalmente deu início às operações de voos espaciais comerciais. O primeiro voo, Galactic 01, foi estritamente uma missão de pesquisa. Incluiu um trio de pesquisadores da Força Aérea Italiana, que cuidou de cargas científicas projetadas para aproveitar o ambiente de microgravidade do espaço.

Uma transmissão ao vivo pela web está programada para começar às 11h, horário de Nova York (12h no Brasil).

Fundada em 2004, a Virgin Galactic originalmente prometia começar a transportar passageiros já em 2007. Naqueles primeiros dias, as passagens foram vendidas por US$ 200.000 e depois aumentaram para US$ 250.000 enquanto a empresa enfrentava atrasos.

Em 2014, um avião espacial da Virgin Galactic caiu durante um voo de teste, matando um piloto de testes e ferindo gravemente outro, o que levou a empresa a suspender a venda de passagens.

A Virgin Galactic teve sucessos e fracassos desde então. Em 2018, a empresa chegou ao espaço pela primeira vez e ganhou as manchetes em 2021 quando levou Branson ao espaço. Mas depois desse voo, a Virgin Galactic optou por se afastar das missões espaciais por quase dois anos enquanto atualizava sua frota de veículos. Ela reabriu a venda de ingressos em 2022, dessa vez por US$ 450.000 por assento.

Agora, a empresa tem um acúmulo assustador de clientes para atender. Mas, mesmo quando esses passageiros começarem a finalmente ver o espaço, a Virgin Galactic diz que levará alguns anos até que ela obtenha lucro com suas missões.

O principal veículo que a empresa está voando no momento é o VSS Unity, um avião espacial que foi revelado em 2016. Enquanto o Unity será usado para realizar viagens espaciais mensais, a Virgin Galactic está focada no desenvolvimento de uma nova frota de veículos espaciais chamada classe Delta.

Essas naves, que devem entrar em operação até 2026, serão otimizadas para facilitar a reforma e acelerar o retorno entre os voos, permitindo uma frequência maior de viagens por ano.

A Virgin Galactic não prevê uma receita significativa por muitos anos. A empresa projeta gerar apenas cerca de US$ 1 milhão em receita em cada um dos dois últimos trimestres do ano. Esse montante poderia ser um pouco maior se um voo de pesquisa fosse incluído, já que os assentos para essas missões custam cerca de US$ 600.000, disse a empresa.

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