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MUNDO

Visita de ministros japoneses a santuário militar irrita China e Coreia do Sul

O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, chamou a visita de "provocação grave"

Porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang WenbinPorta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin - Foto: Noel Celis / AFP

Dois ministros japoneses visitaram nesta segunda-feira (15) um polêmico santuário de guerra, o que irritou China e Coreia do Sul - países que consideram o local um símbolo do passado militarista nipônico -,para recordar o fim da Segunda Guerra Mundial.

O santuário Yasukuni de Tóquio homenageia 2,5 milhões de pessoas, em sua maioria japoneses, mortos em conflitos desde o fim do século XIX, mas também exalta figuras militares e políticas condenadas por crimes de guerra por um tribunal internacional depois da Segunda Guerra Mundial.

O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, chamou a visita de "provocação grave".

"A China pede ao Japão que aprenda seriamente com a História, abandone o militarismo e evite perder ainda mais a confiança de seus vizinhos asiáticos e da comunidade internacional", acrescentou.

O governo da Coreia do Sul expressou em um comunicado sua "profunda decepção" com a visita ao santuário, "que glorifica as guerras de agressão cometidas pelo Japão no passado e consagra criminosos de guerra".

Sanae Takaichi, ministra da Segurança Econômica, e Kenya Akiba, ministro das Reconstrução da região de Tohoku (norte), afetada por desastres naturais, compareceram ao santuário.

As visitas de autoridades governamentais ao local irritaram no passado os países que sofreram a ocupação das Forças Armadas japonesas antes e durante a guerra, em particular Coreia do Sul e China.

Takaichi é uma visitante frequente de Yasukuni.

"Este ano há guerra na Ucrânia. Eu rezo para que mais pessoas não morram em guerras", declarou Takaichi à imprensa, ao destacar que expressou "gratidão" aos mortos em guerras homenageados no santuário.

O ministro do Comércio, Yasutoshi Nishimura, visitou o santuário no fim de semana.

Mas o primeiro-ministro Fumio Kishida, que assumiu o cargo em outubro do ano passado, optou por oferecer uma oferta monetária nesta segunda-feira.

Nenhum primeiro-ministro japonês visita o santuário desde 2013, quando o então chefe de Governo Shinzo Abe irritou Pequim e Seul ao comparecer ao local.

Também nesta segunda-feira, o imperador Naruhito e a imperatriz Masako participaram em uma cerimônia nacional para recordar a rendição japonesa e o fim da Segunda Guerra Mundial.

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