Volta à normalidade pós-Covid "excedeu nossas previsões", admite dirigente chinês
China anunciou a morte de 60 mil pessoas por conta da Covid-19 em pouco mais de um mês, desde que as rígidas restrições anticovid foram suspensas
O pico epidêmico na China e a volta da normalidade "excederam nossas previsões", afirmou o vice-primeiro-ministro Liu He, um mês após o abandono repentino da política de Covid zero.
"O tempo necessário para alcançar o pico epidêmico e voltar à normalidade foi relativamente rápido. De certa forma, excedeu nossas previsões", declarou o dirigente chinês no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que acontece esta semana nos Alpes suíços.
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"A transição como um todo foi estável e sem surpresas", afirmou, ao responder inúmeras críticas à falta de transparência de Pequim e aos vídeos que mostram hospitais chineses sobrecarregados com o aumento de pacientes com coronavírus.
"Recentemente, a produção e a vida voltaram ao normal no mundo todo. A indústria alimentícia, o turismo e os outros setores de consumo começaram a recuperar sua rota normal", argumentou Liu He.
Há três dias, a China anunciou a morte de 60 mil pessoas por conta da Covid-19 em pouco mais de um mês, desde que as rígidas restrições anticovid foram suspensas.
Na Suíça, o líder chinês reconheceu que "a principal dificuldade neste momento tem a ver com os idosos", embora "a disponibilidade de hospitais, camas, médicos, enfermeiros e tratamentos esteja totalmente garantida".
"Convidamos calorosamente nossos amigos internacionais a virem à China", disse Liu He a uma plateia de políticos e empresários. Ele enfatizou que a nova política de saúde não exige mais uma quarentena obrigatória, apenas um teste negativo realizado no máximo 48 horas antes.