Volta de Monique para a secretaria de Educação causa mal-estar entre servidores da prefeitura do Rio
Professora atua no almoxarifado da pasta municipal enquanto aguarda julgamento. Secretário Renan Ferreirinha diz que, por ele, "Monique já teria sido demitida há muito tempo"
O retorno ao trabalho da professora Monique Medeiros — acusada da morte do filho, o menino Henry Borel, de 4 anos — na Secretaria municipal de Educação do Rio de Janeiro causou revolta nos servidores que atuam na sede dor órgão. A situação levou o secretário da pasta, Renan Ferreirinha, a se manifestar nas redes sociais. Na publicação, ele diz que, se dependesse dele, "Monique já teria sido demitida há muito tempo". Ela foi alocada no almoxarifado, enquanto aguarda julgamento para definir seu destino como servidora pública, como revelou o jornalista Ancelmo Gois.
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Ré pela morte do filho, Monique aguarda o julgamento em liberdade depois de ter sua prisão revogada pelo STJ. Ela é servidora do município e recebeu salário de R$ 3,1 mil em dezembro, quando estava em uma função administrativa na secretaria. Monique estava de licença desde abril de 2021, quando foi presa preventivamente. Ela e o ex-vereador Dr. Jairinho serão julgado pelo II Tribunal do Júri.
Segundo o secretário Renan Ferreirinha, a volta de Monique à pasta se deu por uma orientação jurídica, já que não houve ainda uma sentença condenatória contra a servidora. Dessa forma, ela não pode ser afastada de suas funções nem ter seu salário suspenso. Ferreirinha reforça que Monique ficará longe de salas de aula e escolas do município.
Veja a nota da Secretaria municipal de Educação do Rio de Janeiro na íntegra:
A orientação jurídica recebida pela Secretaria Municipal de Educação foi de que ,como a servidora foi solta pelo Superior Tribunal de Justiça e ainda não houve sentença condenatória, não há como a servidora concursada ser afastada e ter sua remuneração suspensa, razão pela qual ela retornou ao trabalho, em função administrativa no almoxarifado da Secretaria.