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Xi e Putin mostram bom entendimento um dia após posse de Trump

Moscou e Pequim se aproximaram consideravelmente nos últimos anos, posicionando-se como um bloco contra a hegemonia dos EUA

O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping, apertam as mãos depois de fazerem uma declaração conjunta após suas conversas no Kremlin, em Moscou, em 21 de março de 2023O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping, apertam as mãos depois de fazerem uma declaração conjunta após suas conversas no Kremlin, em Moscou, em 21 de março de 2023 - Foto: Mikhail Tereshchenko/SPUTNIK/AFP

Xi Jinping e Vladimir Putin demonstraram seu entendimento mútuo em uma chamada de vídeo nesta terça-feira (21), um dia após a posse de Donald Trump nos Estados Unidos.

Nas imagens da videoconferência, divulgadas pela Presidência russa, os dois líderes são mostrados sorrindo e elogiando a parceria estratégica bilateral, que tem como objetivo ser um contrapeso ao seu rival americano.

“Nossas relações são baseadas em amizade, confiança e apoio mútuos, igualdade e benefícios compartilhados, e não dependem da situação global”, disse o líder do Kremlin, acrescentando que a cooperação russo-chinesa "desempenha um papel estabilizador nos assuntos mundiais".

Por sua vez, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, Xi expressou seu desejo de elevar as relações entre seus países a “novos patamares”.

“A estabilidade e a resiliência das relações entre a China e a Rússia ajudarão a lidar com as incertezas do ambiente externo, impulsionarão o desenvolvimento para a revitalização de ambos os países e defenderão a imparcialidade e a justiça internacionais”, disse Xi.

Xi também observou que Pequim e Moscou “devem aprofundar ainda mais sua coordenação estratégica, apoiar firmemente um ao outro e proteger os interesses legítimos de ambos os países”.

Moscou e Pequim se aproximaram consideravelmente nos últimos anos, posicionando-se como um bloco contra a hegemonia dos EUA.

Embora a China não apoie oficialmente a ofensiva da Rússia contra a Ucrânia, ela ajuda Moscou a lidar com as sanções ocidentais e até mesmo a contorná-las.

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