guerra na ucrânia

Zelensky demite chefes regionais de recrutamento militar na Ucrânia

Presidente ucraniano prometeu punir as autoridades corruptas

Zelensky participa da cerimônia do Dia do Estado Ucraniano, marcando o 30º aniversário da independência do paísZelensky participa da cerimônia do Dia do Estado Ucraniano, marcando o 30º aniversário da independência do país - Foto: Ukrainian Presidential Press Service / AFP

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, anunciou nesta sexta-feira (11) a demissão de todos os funcionários regionais encarregados do recrutamento militar para erradicar um sistema de corrupção que permite, em particular, que os recrutas fujam do Exército.

"Enriquecimento ilegal, legalização de fundos obtidos ilegalmente, lucros ilícitos, transporte ilegal dos recrutas através da fronteira. Nossa solução: demitimos todos os comissários militares", anunciou Zelensky no Telegram, após uma investigação anticorrupção.

O presidente informou que 112 inquéritos criminais foram iniciados após uma proteção feita, entre outros, pelos órgãos anticorrupção da Ucrânia, pelos serviços de segurança (SBU) e pelo Ministério Público.

"Há abusos em várias regiões. Donetsk, Poltava, Vinnitsia, Odessa, Kiev", denunciou, pedindo a seu comandante em chefe, Valeri Zaluzhi, que substituísse os demitidos por veteranos da guerra deflagrada pela Rússia.

“Este sistema deve ser administrado por pessoas que sabem exatamente o que é a guerra e por que o cinismo e o suborno em tempo de guerra são alta traição”, acrescentou.

Segundo Zelensky, o recrutamento militar deve ser organizado por "soldados que passaram pela linha de frente, ou que não podem mais estar nas trincheiras porque não têm boa saúde, ou estão mutilados".

O presidente prometeu punir as autoridades corruptas.

Em julho, as autoridades ucranianas anunciaram a prisão preventiva de um ex-recrutador militar por suspeita de que ele teria gasto 4 milhões de euros para comprar uma casa de luxo na Espanha em plena invasão russa.

O combate à corrupção, mal endêmico na Ucrânia, é uma das condições da União Europeia para que mantenha sua candidatura ao bloco.

Em dois casos notórios, em maio, o presidente da Suprema Corte foi preso por corrupção e, em janeiro, um escândalo de irregularidades no aprovisionamento do Exército provocou uma cascata de demissões em ministérios, administrações regionais e no aparato judiciário.

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