INTERNACIONAL

Zelensky irá a Buenos Aires para posse de Milei

Presidente da Ucrânia mantém agenda na Argentina em segredo por questões de segurança, mas, segundo fontes, terá encontros com outros chefes de Estado

Volodimir Zelensky, presidente da UcrâniaVolodimir Zelensky, presidente da Ucrânia - Foto: Ed Jones/AFP

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, será um dos chefes de Estado presentes na posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, no próximo domingo. A informação foi confirmada por fontes argentinas e de governos estrangeiros, segundo informou o jornal La Nación. De acordo com as fontes, Zelensky chegará a Buenos Aires na madrugada de domingo, e já confirmou reuniões com outros presidentes que também estarão na capital argentina.

Também estarão na posse de Milei o uruguaio Luis Lacalle Pou, o chileno Gabriel Boric, o equatoriano Daniel Noboa, o húngaro Viktor Orbán e o paraguaio Santiago Peña, entre outros. A presença do presidente ucraniano na posse era esperada por colaboradores de Milei, que confirmaram o grande interesse do futuro chefe de Estado argentino em ampliar sua rede de alianças internacionais, sempre priorizando seu alinhamento com os Estados Unidos e Israel - virá a Buenos Aires o chanceler israelense Eli Cohen.

Milei e Zelensky conversaram por telefone após a vitória do argentino no segundo turno, em 19 de novembro. A conversa foi revelada pelo próprio presidente ucraniano, em suas redes sociais. Zelensky agradeceu Milei por seu “apoio à Ucrânia” na guerra contra a Rússia de Vladimir Putin. Na mesma conversa, o presidente ucraniano propôs ao chefe de Estado eleito argentino a realização de uma cúpula entre a Ucrânia e países latino-americanos, em Buenos Aires.

A mesma ideia fora proposta por Zelensky ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, mas nunca prosperou, pela resistência do Brasil. Ao contrário de Milei, o presidente brasileiro mantém uma relação tensa com o ucraniano. Lula e Zelensky se desencontraram numa cúpula do G-7 este ano, e, em meio a fortes pressões dos EUA, finalmente conversaram pessoalmente no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, em Nova York.

A expectativa entre colaboradores de Milei procurados pelo GLOBO é de que o presidente argentino argentino tenha uma “agenda internacional produtiva”. Alguns dos colaboradores consultados sugeriram, até mesmo, a ideia de que a agenda de Milei possa, intencionalmente ou não, competir com a de Lula.

O presidente eleito argentino não tem o menor interesse na integração regional, e prova disso é a ausência de um representante de seu futuro Gabinete na cúpula do Mercosul que acontece nesta quinta-feira, no Rio. As prioridades da política externa de Milei serão muito diferentes das de Lula, e essas diferenças poderão, acrescentaram seus colaboradores, criar ruídos na relação entre dois dos países mais importantes da América Latina.

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