Zelensky lamenta recusa de Macron a falar em 'genocídio' na Ucrânia
Presidente francês recuou o uso do termo 'genocídio' e advertiu que a escalada verbal não ajuda a acabar com a guerra
A recusa do presidente francês, Emmanuel Macron, a classificar como "genocídio" os abusos cometidos pelo governo russo na Ucrânia é "muito dolorosa", disse nesta quarta-feira (13) seu colega Volodymyr Zelensky.
"Coisas como essa são muito dolorosas para nós, então farei o meu melhor para discutir esse assunto com ele hoje", disse o presidente, durante entrevista coletiva com os chefes de Estado da Polônia, Lituânia, Estônia e Letônia em Kiev. "Se não for possível, será amanhã."
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Macron decidiu não retomar a palavra "genocídio", usada por seu colega americano, Joe Biden, nesta terça-feira (12), e advertiu que a escalada verbal não ajuda a acabar com a guerra.
"Eu diria que a Rússia desencadeou unilateralmente uma guerra brutal, que estabeleceu-se que o Exército russo cometeu crimes de guerra e que agora é necessário encontrar os responsáveis e que respondam ante a Justiça", declarou Macron à TV pública France 2. "O que acontece é uma loucura, é inacreditavelmente brutal", acrescentou.
Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro canadense mencionou pela primeira vez que "um genocídio" ocorre na Ucrânia. A Rússia afirma que se tratam de "montagens" e "informações falsas" orquestradas pelos ucranianos.