Logo Folha de Pernambuco

Guerra na Ucrânia

Zelensky pede à ONU que investigue o ataque a centro comercial na Ucrânia no local do bombadeio

Presidente convidou representantes da ONU a visiatarem o centro comercial alvo do ataque russo ocorrido nessa segunda-feira (27)

Volodymyr Zelensky, presidente da UcrâniaVolodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia - Foto: Handout / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu à ONU que visite o centro comercial atacado por mísseis na cidade de Kremenchuk (centro), durante uma reunião do Conselho de Segurança da entidade nesta terça-feira (28).

O líder ucraniano também pediu aos membros do Conselho, incluindo a Rússia, que guardassem um minuto de silêncio pelos mortos na guerra.

"Sugiro que as Nações Unidas enviem um representante especial, ou o secretário-geral da ONU, ou uma comissão plenipotenciária ao local deste ato terrorista para que a ONU possa colher informações de forma independente e ver que isso realmente foi um ataque com mísseis russos", declarou Zelensky sobre o ataque de segunda-feira, no qual morreram 18 pessoas.

Um tanto surpresos, os 15 membros do Conselho de Segurança e as outras pessonas presentes na sala fizeram silêncio, segundo imagens difundidas pelo canal das Nações Unidas.

O embaixador adjunto russo, Dmitry Polyanskiy, também ficou de pé durante o minuto de silêncio.

Em seguida, o líder ucraniano pediu à ONU que definisse legalmente o termo "Estado terrorista", argumentando que a invasão de Moscou ao seu país, em 24 de fevereiro, mostra a "necessidade urgente de estabelecê-lo, literalmente, no nível das Nações Unidas e punir qualquer Estado terrorista".

Além de 18 mortos, o ataque em Kremenchuk deixou dezenas de feridos e desaparecidos, informaram autoridades.

O exército russo afirmou nesta terça-feira que o ataque havia destruído um depósito de armas próximo e a explosão provocou um incêndio em centro comercial, que segundo Moscou "não estava aberto" naquele momento.

Polyanskiy, por sua vez, disse que "se um míssil tivesse atingido o centro comercial, não teria sobrado nada", e acusou o Ocidente de "apenas prolongar a agonia" do governo ucraniano ao entregar armas a Kiev.

Os moradores, por outro lado, contaram à AFP que sabiam que não havia armas armazenadas na região.  

Antes da fala de Zelensky, a vice-secretária-geral do órgão para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz, Rosemary DiCarlo, disse ao Conselho de Segurança que a ONU já registrou mais de 10.600 vítimas na Ucrânia, incluindo 4.731 mortos.

Antes dessa sessão de emergência do Conselho, França, Irlanda, Noruega, Reino Unido, Estados Unidos e Albânia, junto com o embaixador da Ucrânia na ONU, condenaram "firmemente a intensificação dos ataques com mísseis russos em áreas residenciais". 

"Exigimos o fim imediato das hostilidades russas contra a Ucrânia, de todos os ataques contra civis e infraestrutura civil, e a retirada completa e imediata das forças e equipes militares russos", solicitaram os países em sua declaração conjunta.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter