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Zelensky promete "destruir" o exército russo, após ataques violentos à Ucrânia

Moscou e Kiev intensificaram os ataques nos últimos dias, incluindo um sem precedentes que matou 24 pessoas, no sábado, na cidade russa de Belgorod

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia  - Foto: Thomas COEX / AFP

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu “destruir” o exército russo em 2024, pouco antes do seu país sofrer novos ataques no primeiro dia do ano, que deixaram cinco mortos em Donetsk, sob administração russa, e em Odessa. Na sexta-feira, ataques russos deixaram ao menos 39 mortos.

“No próximo ano, o inimigo sofrerá os estragos da nossa produção doméstica”, garantiu Zelensky, referindo-se ao fato de que em 2024 a Ucrânia terá um milhão de drones no seu arsenal.

Moscou e Kiev intensificaram os ataques nos últimos dias, incluindo um sem precedentes que matou 24 pessoas, no sábado, na cidade russa de Belgorod.

Na manhã desta segunda-feira (hora local), as autoridades relataram “13 feridos e quatro mortos” em um ataque à cidade de Donetsk, controlada pela Rússia, no leste da Ucrânia.

Outra pessoa foi morta em um ataque no porto de Odessa, no sul, segundo o governo local.

No sábado, a Rússia garantiu que o ataque com mísseis e foguetes contra Belgorod, a cerca de 30 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, não ficaria “impune”.

Moscou insiste que Kiev é responsável, mas a Ucrânia permaneceu em silêncio até agora.
 

Esses bombardeios mataram 24 pessoas e feriram 108, segundo um novo relatório divulgado pelo governador da região, Viatcheslav Gladkov.

Mais tarde, ele disse que outro atentado ucraniano matou um homem idoso e feriu uma mulher na aldeia de Krasnyi, quase na fronteira com a Ucrânia.

Embora Kiev realize regularmente ataques de drones em território russo, esse foi o mais mortífero contra civis na Rússia, desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.

"Farsa distorcida"
“Em resposta a este ato terrorista, as forças armadas russas atacaram centros de tomada de decisão e instalações militares” em Kharkiv, declarou no domingo o Ministério da Defesa russo.

Por sua vez, o governador da região de Kharkiv, Oleg Sinegoubov, disse que os foguetes atingiram um hotel, edifícios residenciais, clínicas e hospitais na noite de sábado, ferindo 28 pessoas.

Entre os feridos estavam dois adolescentes e um britânico, assessor de segurança de uma equipe de jornalistas alemães, segundo autoridades ucranianas.

A Rússia reconheceu ter atacado um "antigo complexo hoteleiro", o Palácio de Kharkiv, mas afirmou que estavam lá membros da inteligência militar e das forças armadas ucranianas "envolvidas" no ataque de Belgorod, bem como "mercenários estrangeiros".

As acusações foram consideradas uma "farsa distorcida" pela inteligência militar ucraniana, que afirmou que nenhum de seus funcionários ficou ferido.

Moscou continua a negar ter atacado civis na Ucrânia.

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