"A menor das preocupações do povo brasileiro é onde está Bolsonaro", diz futuro ministro da Secom
Bolsonaro entrará para a história como o primeiro chefe da nação a se recusar a passar a faixa presidencial nos últimos 37 anos
O futuro ministro da Secretaria de Comunicação do próximo governo, Paulo Pimenta, minimizou a viagem do presidente Jair Bolsonaro para os Estados Unidos, na sexta-feira (30), dois dias antes do fim do mandato dele. De acordo com o auxiliar do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, o paradeiro do atual chefe do Executivo não está mais entre as preocupações da população.
— Ninguém (da equipe de transição) deixou de fazer o que tem que fazer para se preocupar onde é que está o Bolsonaro. Sinceramente, a menor das preocupações do povo brasileiro, especialmente nossa, é onde que está o Bolsonaro — afirmou.
Bolsonaro entrará para a história como o primeiro chefe da nação a se recusar a passar a faixa presidencial nos últimos 37 anos. Isso não acontecia desde 1985, quando João Figueiredo, último presidente da ditadura militar não compareceu à cerimônia de posse de Jose Sarney, seu sucessor. Mourão também já afirmou publicamente que não cumprirá o rito de passagem.
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Nesta última sexta-feira Bolsonaro embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para Orlando, na Flórida, por volta das 14h, ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a filha do casal, Laura, de 12 anos. A família está hospedada na casa do ex-lutador de MMA José Aldo, num condomínio de luxo na cidade americana.
Deputado federal reeleito, Paulo Pimenta (PT-RS) foi anunciado como chefe da Secretaria de Comunicação Social na semana passada. Ao passar pela porta do hotel onde Lula está hospedado, em Brasília, neste sábado, Pimenta também falou que o presidente eleito ainda não decidiu se desfilará num carro blindado durante a cerimônia de posse, em vez do tradicional veículo aberto.
— Ele vai considerar muita coisa, vai olhar para o céu para saber como estará o clima, vai saber as informações sobre serviços de inteligência e segurança. É uma decisão que ele vai tomar na hora — disse.
Com a ausência de Bolsonaro, ainda é um mistério quem passará a faixa presidencial a Lula. Pimenta não deu pistas sobre o escolhido:
— É um momento simbólico. É difícil obter uma pessoa que possa simbolizar o povo brasileiro na sua plenitude e diversidade, mas medida aquelas representações institucionais não vão estar presentes.