'A tese da imunidade de rebanho já foi descartada há muito tempo', afirma diretor do Butantan
Dimas Covas também ressaltou que a vacina contribui para o enfrentamento da pandemia, mas que ela não vai resolver o problema imediatamente
Leia também
• Por falta de insumos, Butantan diz que pode não entregar todas as 54 mi de doses até setembro
• [Ao vivo] 'O Brasil poderia ser o 1º país do mundo a começar a vacinação', diz diretor do Butantan
• [Ao vivo] CPI da Covid ouve diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, evitou comentar se acha que o governo do presidente Jair Bolsonaro adotou a estratégia da imunidade de rebanho para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. No entanto, rechaçou tal estratégia.
Acompanhe ao vivo:
"A tese da imunidade de rebanho já foi descartada há muito tempo", afirmou o diretor, que argumentou que alguns países europeus chegaram a adotar essa estratégia no início da pandemia, mas depois abandonaram com as novas descobertas relativas às características do novo coronavírus.
O diretor ressaltou que a vacina contribui para o enfrentamento da pandemia, mas que ela não vai resolver o problema imediatamente e nem abortar a terceira onda, uma vez que ainda há muitas pessoas suscetíveis, além das mutações do vírus. Por isso, defende o uso de máscaras e outras medidas não-farmacológicas.
JOÃO DORIA
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), interrompeu fala do senador Marcos Rogério (DEM-RO), aliado de Jair Bolsonaro, para dizer que o governador João Doria (São Paulo) não havia sido "grosseiro" em um vídeo, como acusou o governista.
O vídeo que integra o documentário "A Corrida das Vacinas" mostra um áudio vazado de uma conversa entre Doria e o diretor do instituto, Dimas Covas.
"Ele [grupo chinês] está falando com um cliente de R$ 2,5 bilhões! Só tem um cara que tá se expondo aqui: sou eu. Fundamentalmente, sou eu. Eu tô no primeiro plano dessa história. Publicamente. Ainda sofrendo ataque do Bolsonaro, bolsominion, bolso não sei do quê".
Rogério pediu para veicular o vídeo e alegou que a peça é uma prova de que o governador agiu politicamente e foi "grosseiro" com relação ao interlocutor chinês.
Aziz o cortou para dizer que a fala foi uma demonstração de um agende político que estava em busca de vacinas. Marcos Rogério ficou irritado e pediu a Aziz que controlasse sua "sanha".