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Abin: ministro fala em "contaminação" e diz que investigações "têm que continuar" em todos os órgãos

PF faz buscas em endereços do vereador Carlos Bolsonaro

Ministro de Relações Institucionais, Alexandre PadilhaMinistro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira que as investigações "têm que continuar" em todas as instituições do governo, ao ser questionado sobre as investigações envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele disse que houve uma "contaminação" dos órgãos governamentais no governo anterior.

— Esse processo de apuração não se restringe a Abin. Envolve todos os órgãos, sejam civis ou militares. Desde o ano passado isso já vem sendo desenvolvido de forma autônoma pela Política Federal (PF), a partir das determinações do judiciário. E nós não descansaremos enquanto todos aqueles envolvidos com os crimes que antecederam ao dia 8 de janeiro e o próprio crime do dia 8 de janeiro sejam devidamente apurados e punidos — disse Padilha, em conversa com jornalistas.

Agentes da PF fizeram buscas e apreensões em endereços de pessoas suspeitas de envolvimento com a espionagem ilegal. Um dos alvos foi o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente.

O ministro também associa o caso da Abin às investigações sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos três poderes em Brasília foram vandalizadas.

— O clima de ódio envolveu, contaminou várias instituições, civis e militares. E a apuração sobre o envolvimento individual, em todas as instituições, têm que continuar. Cada vez que a PF faz uma operação como essa se revela mais crimes cometidos — declarou o ministro do governo Lula.

Em março de 2023, o Globo mostrou que durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, a Abin operou um sistema secreto de monitoramento da localização de cidadãos em todo o território nacional. As investigações da PF iniciaram após a reportagem.

Nesta quarta-feira, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de uma nova fase da investigação da Polícia Federal sobre a instrumentalização política da Agência.

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