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TSE

Abstenção no segundo turno fica no mesmo patamar do pleito durante a pandemia

Total representa 29,26% do eleitorado habilitado para a votação deste domingo

Eleitor na cabine de votaçãoEleitor na cabine de votação - Foto: Alexandre Aroeira/Arquivo/Folha de Pernambuco

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta segunda-feira, que 9.947.369 eleitores não participaram do segundo turno das eleições municipais de 2024. Esse total representa 29,26% do eleitorado habilitado para a votação deste domingo, composto por 33.996.477 eleitores. O segundo turno ocorreu em 51 municípios brasileiros, incluindo 15 capitais.

A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, já havia mencionado no domingo que a abstenção estava em torno de 29,2%, mas o número exato só foi consolidado pela Corte nesta segunda-feira.

A abstenção registrada ontem ficou atrás apenas do segundo turno da votação de 2020. Há quatro anos, o total de brasileiros que não votaram atingiu 23,15% no primeiro turno e 29,53% na fase seguinte do pleito.

A Corte Eleitoral pretende investigar regionalmente os fatores que podem ter levado à alta abstenção, realizando um estudo em parceria com os Tribunais Regionais Eleitorais. O objetivo é desenvolver estratégias para enfrentar a situação, com previsão de disponibilização dos dados antes da diplomação dos eleitos em dezembro.

"Hoje, temos informações gerais, um panorama nacional, mas ainda não conseguimos avaliar detalhadamente o índice de abstenção por localidade," afirmou a presidente do TSE em entrevista.

A ministra explicou que, no Amazonas, por exemplo, houve preocupação com a estiagem, que dificultou a navegação e o acesso de eleitores, mas o índice de abstenção foi menor do que o esperado.

Com a abstenção elevada, o segundo turno das eleições municipais deste ano se aproximou dos índices registrados em 2020, quando o pleito ocorreu em meio à pandemia de Covid-19. Em São Paulo, a maior cidade do país, houve um novo recorde de não comparecimento às urnas desde o início da série histórica, em 1996. Outras capitais, como Porto Alegre e Belo Horizonte, também alcançaram seus maiores índices de ausência.

Em São Paulo, os esforços do prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) e de Guilherme Boulos (PSOL) para convencer os eleitores a irem às urnas não surtiu efeito. A ausência no maior colégio eleitoral do país chegou a 31,54%, percentual maior do que os 27,34% da primeira etapa da votação. O número também supera o do segundo turno de 2020, o recorde até então: 30,81%.

Porto Alegre, que já havia liderado a taxa de abstenção entre capitais no primeiro turno, com 31,5%, superou a própria marca anterior. A taxa de 34,83% foi a mais alta da capital gaúcha desde 1996.

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