BRASÍLIA

Advogado de Torres diz não haver possibilidade de delação premiada

Ex-ministro da Justiça foi solto na noite desta quinta-feira (11) após ter ficado preso desde 14 de janeiro

Anderson TorresAnderson Torres - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O advogado do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, Eumar Novacki, afirmou nesta sexta-feira (12) que não há a possibilidade de seu cliente firmar um acordo de delação premiada na investigação a que responde. O ex-ministro foi solto na noite de quinta-feira, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele estava preso desde o dia 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Essa possibilidade está descartada, afirmou o advogado.

Apesar de descartar a delação, Novacki disse que Torres irá "cooperar" para esclarecer os fatos.

Não existe essa possibilidade de delação. O que o Anderson vai fazer é cooperar para que se esclareça o mais breve possível os fatos que levaram aquelas odiosos atos de 8 de janeiro.

O advogado também negou que Torres tenha fornecido senhas erradas para a Polícia Federal (PF), como a corporação chegou a informar ao STF. De acordo com ele, um lado sigiloso apontou uma "falha técnica".

Nós recebemos, de modo sigiloso, o laudo da Polícia Federal, que (indica que) de certa forma não era isso. Nós respondemos também de modo sigiloso e acrescentamos que estamos à disposição, caso ele queira indicar um perito para ir até o Anderson Torres. Ele vai estar colaborando e vai estar buscando acessar essas contas.

Novacki adotou um tom conciliador e afirmou que o STF agiu com a "energia necessária" após os atos golpistas do dia 8 de janeiro, que ele classificou como "odiosos", mas afirmou que não havia necessidade de manter Torres.

Não há quem não tenha se revoltado ao assistir aquelas cenas. Realmente uma mancha na história do Brasil. Nós entendemos que o Supremo Tribunal Federal, naquele momento, agiu com a energia necessária pra conter aquela escalada de violência. Mas passados mais de 100 dias, o Supremo Tribunal Federal acerta em conceder essa liberdade para o ex-ministro Anderson Torres.

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