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reforma ministerial

Alckmin diz que é favor de acomodação de PP e Republicanos em reforma ministerial

Governo trabalha para que deputados André Fufuca e Silvio Costa Filho sejam contemplados com pastas; Lula anunciou nesta semana criação de Ministério das Micro e Pequenas Empresas

Vice-presidente, Geraldo AlckminVice-presidente, Geraldo Alckmin - Foto: Cadu Gomes/VPR

O vice-presidente da República Geraldo Alckmin defendeu, nesta quinta-feira (31), mudanças ministeriais articuladas pelo governo petista para acomodar parlamentares do PP e Republicanos. Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, deve perder a secretaria de Micro e Pequenas Empresas para criação de um ministério que possa acomodar aliados.

— O presidente Lula define ministério. São cargos de confiança do presidente. Eu sou favorável que tanto o Republicanos quanto o PP participem mais efetivamente do governo. O presidente Lula sabe a hora e a maneira de formatar essa boa frente para a governabilidade em torno dos projetos — afirmou o vice-presidente, em evento em São Paulo.

Em live nesta terça-feira, o presidente Lula anunciou a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, em meio às tratativas do governo para uma reforma ministerial que amplie a base de apoio no Congresso. As negociações para novo cargos ao Centrão já se arrastam há meses.

Na segunda-feira, Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Congresso, indicou que as mudanças ministeriais devem acontecer até o final desta semana. Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) devem ser contemplados no novo desenho ministerial.

Questionado se abriria mão do cargo de ministro para abrir um espaço de acomodação aos parlamentares, Alckmin apenas acenou e sorriu, sem responder. O vice-presidente disse que, em quadro político fragmentado, o governo precisa trabalhar para criar uma frente de governabilidade:

— Nós temos, no Brasil, um quadro muito fragmentado que, com o tempo deve se diluir, com a cláusula de desempenho, vamos ter menos partidos. Essa não é a realidade de hoje. Há uma fragmentação parlamentar importante, então eu sou favorável (a mudanças).

Com cargo ameaçado diante das mudanças no governo, a ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), disse que "em nenhum momento" alguém do centro do governo a abordou sobre qualquer mudança. A ministra acrescentou esse é um "assunto necessário". Durante o evento na Fiesp, a pasta anunciou uma linha de financiamento de R$ 66 bilhões, com BNDES, voltado para inovação.

Alckmin evitou comentar também sobre o apoio à deputada Tabata Amaral (PSB), correligionária do vice-presidente, para a disputa na prefeitura de São Paulo, no ano que vem. Ele disse que "estamos em ano ímpar, e eleição só acontece em ano par, até onde eu sei".

No quadro para prefeitura da maior cidade do país, PT e PSB, sigla de Alckmin, podem acabar como adversários, já que o partido do presidente Lula vai apoiar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL-SP). Já o atual prefeito, Ricardo Nunes (MBD) tentará a reeleição, após aproximação com ex-presidente Jair Bolsonaro.

   

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