SÃO PAULO

Alesp aprova aumento salarial de 50% para Tarcísio e elite do funcionalismo paulista

Salário do governador eleito passará de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil; efeito cascata em várias categorias de funcionários de carreira deve ter impacto de R$ 1,5 bi

Tarcísio de FreitasTarcísio de Freitas - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira (29) o aumento de 50% do salário do próximo governador paulista, seu vice e secretários de Estado. Com isso, em vez de R$ 23 mil, Tarcísio de Freitas (Republicanos) receberá R$ 34,5 mil assim que assumir o Palácio dos Bandeirantes. Agora, o projeto segue para a sanção do governador.

Como o salário do governador é a referência para o teto do funcionalismo, o aumento de 50% vai significar um efeito cascata em várias categorias de funcionários de carreira em São Paulo que têm seus salários indexadas ao do governador. O impacto financeiro será de R$ 1,5 bilhão, segundo o governador Rodrigo Garcia (PSDB).

Além da articulação do tucano, a aprovação do projeto teve a anuência de Tarcísio, que inicialmente não quis opinar sobre o aumento de seu próprio salário, mas depois passou a defender a medida como “necessária” para aumento real ao funcionalismo.

O projeto, proposto pela Mesa Diretora da Casa, é resultado de um lobby de carreiras estaduais cujos vencimentos atingem o teto do funcionalismo, como delegados de polícia e auditores fiscais. Eles alegam que sua remuneração está sem reajuste desde 2019 em razão do congelamento do teto.

O reajuste teve resistência de deputados do Novo, da deputada Janaina Paschoal (PRTB) e do PSOL.

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