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Justiça

Alexandre de Moraes autoriza Chiquinho Brazão a realizar exame fora da prisão

Deputado, que tem problemas no coração, terá que ser escoltado pela PF para fazer procedimento

Chiquinho Brazão (sem partido-RJ)Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) - Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partidos-RJ) realize um exame cardiológico fora do presídio onde ele está detido. Ele terá que ser escoltado pela Polícia Federal (PF).

A defesa de Brazão havia solicitado que ele fosse transferido para a prisão domiciliar, devido a seu estado de saúde. A Procuradoria-Geral da República ( PGR) posicionou-se contra esse pedido, mas concordou que ele realizasse uma consulta com um médico cardiologista de sua escolha, dentro da prisão. Depois, ele poderia realizar os exames que fossem indicados.

Moraes foi além da posição da PGR e autorizou a "imediata realização" da cineangiocoronariografia, um exame utilizado para avaliar doenças cardíacas. O procedimento terá que ser feito em Campo Grande (MS), onde o deputado federal está preso.

Um relatório médico elaborado por membros da penitenciária federal de Campo Grande, enviado na segunda-feira ao STF, afirma que o parlamentar tem "alta possibilidade de sofrer mal súbito com risco elevado de morte". O documento afirma o estado de saúde de Brazão "é considerado complexo", com "alto risco cardiovascular", "alta possibilidade" de insuficiência renal e "oscilações importantes" em relação à diabetes e à hipertensão.

Chiquinho Brazão está preso preventivamente desde março, pela suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Ele nega a acusação.

Ao se posicionar contra a ida do deputado para a prisão domiciliar, o vice-procurador-geral da República (PGR), Hindenburgo Chateaubriand Filho, afirmou que "ainda que não se discuta ser o custodiado portador de cardiopatologias crônicas há mais de 17 anos, com potencial de evolução para quadros mais graves, nenhum deles atesta, de forma peremptória, a necessidade de intervenção cirúrgica, senão apenas a recomendação de consulta presencial para a avaliação das medidas que o seu atual estado de saúde exija".

Para Chateaubriand Filho, a saúde de Brazão tem sido "adequadamente monitorada", já que ele teve 37 consultas e atendimentos médicos entre março e dezembro de 2024 na prisão.

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