'Alguém prevaricou dentro da CGU. Se não foi o senhor, algum servidor foi', diz Omar a Rosário
O presidente da CPI lembrou que o órgão teve notícias de irregularidades em 2020, mas não comunicou o fato à Presidência da República
Em depoimento à CPI da Pandemia, no Senado, nesta terça-feira (21), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU),Wagner Rosário, disse que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, acusado de cobrar propina para a compra de vacinas, foi investigado pela operação Hospedeiro da CGU. Mas, questionado por Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o ministro admitiu que outros integrantes da pasta não sofreram averiguações. É o caso do ex-ministro Eduardo Pazuello, do ex-secretário-executivo Elcio Franco e do ex-assessor Marcelo Blanco.
Omar Aziz (PSD-AM) criticou o fato de a CGU não ter tomado providências contra ações indevidas de Roberto Ferreira Dias no Ministério da Saúde. O presidente da CPI lembrou que o órgão teve notícias de irregularidades em 2020, mas não comunicou o fato à Presidência da República.
"A CGU fez operação em outubro do ano passado, mas Roberto Ferreira Dias só foi exonerado depois de [o policial militar Luiz Paulo] Dominguetti dizer que ele [Dias] pediu um dólar por vacina. Sete meses depois. Alguém prevaricou dentro da CGU. Se não foi o senhor, algum servidor foi", disse a Wagner Rosário.
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