Justiça

Aliados de Lula 'turbinam' ação no TSE para tornar Bolsonaro inelegível

Processo também mira outros políticos bolsonaristas pela reiterada prática de divulgação de fake news contra o sistema eleitoral

Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Sergio Lima / AFP

A Coligação Brasil da Esperança, formada pelos partidos que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde que ele ainda era presidenciável, acionou o Tribunal Superior Eleitoral (STF) com vistas a “turbinar” uma ação contra Jair Bolsonaro (PL) e outros representantes da extrema-direita brasileira, que pode levar o ex-presidente à inelegibilidade. A informação é da Carta Capital.

O processo mira políticos como como os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Magno Malta (PL-ES) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pela reiterada prática de divulgação de fake news contra o sistema eleitoral.

O documento levado enviado ao TSE pela coligação lulista explica as acusações apresentadas pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), na semana passada, sobre um suposto plano golpista elaborado pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e pelo próprio Bolsonaro. A ideia, em linhas gerais, seria grampear ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes, a fim de obter alguma “confissão” para ser usada contra ele e conseguir alterar o resultado da eleição.

“O mencionado plano integrava um conjunto de iniciativas que tinham como objetivo concretizar um golpe de Estado e violar o resultado obtido nas urnas, tratava-se de uma ‘operação’ nomeada Operação Arapoanga”, diz um excerto da petição.

As confissões de Marcos do Val, diz a petição,  “reforçam a evidência dos abusos do investigado Jair Messias Bolsonaro”, na tentativa de “perturbar a normalidade das eleições, de uma perspectiva de ‘guerra de narrativas’, a convencer a população brasileira de que o sistema eleitoral seria fraudado”.

A petição também lembra as declarações de Bolsonaro nos Estados Unidos contra o sistema eleitoral brasileiro e um relatório da Controladoria-Geral da União que não aponta falhas nas urnas e teria sido engavetado pelo governo do ex-capitão.

O documento produzido pela CGU em dezembro do ano passado concluiu que “não foram verificadas inconsistências no sistema eletrônico de votação”. A peça nunca chegou a ser divulgada.
Os advogados pedem ao TSE, além do recebimento da petição, que Bolsonaro seja intimado a prestar depoimento sobre os novos fatos relatados.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral à qual a defesa de Lula tenta anexar os novos fatos começou em dezembro do ano passado. Segundo a coligação lulistas, Bolsonaro “valeu-se da condição de presidente da República do Brasil, figura de máximo poder no âmbito do Poder Executivo Federal, para promover reiterados ataques à segurança das urnas eletrônicas, com a disseminação da falsa ideia de que as urnas eletrônicas são fraudáveis, hackeadas e manipuladas por terceiros”.

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